As negociações sobre um cessar-fogo entre Israel e Hamas chegaram a um impasse faltando poucos dias para o Ramadã, um dos períodos mais importantes do ano para o islamismo, que começa no dia 10 de março.
Dois dias de negociações entre o grupo e mediadores internacionais no Cairo, não resultaram em avanços significativos. Na última rodada de negociações, Israel se recusou a enviar uma delegação à capital do Egito.
“Netanyahu não quer chegar a um acordo e agora a bola está nas mãos dos americanos para pressionar o primeiro-ministro israelense a voltar à mesa de negociações”, declarou Basem Naim, um dos líderes do Hamas em Gaza, segundo “The Guardian”.
O jornal egípcio “Al-Qahera News”, próximo aos serviços de inteligência do país, afirmou que “as negociações são difíceis, mas estão em andamento”, de acordo com fontes do governo.
Enquanto isso, mediadores internacionais aumentaram a pressão para que o Hamas produzisse uma lista de reféns a serem libertados como o primeiro passo de um acordo de cessar-fogo com Israel.
Na terça-feira (5), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que não irá limitar a entrada de fiéis na Mesquita de Al-Aqsa, localizada na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, durante o Ramadã, recuando em uma decisão anterior do governo.
Segundo o gabinete do premiê, “uma avaliação em torno da segurança será feita a cada semana e uma decisão será tomada em conformidade” com a situação. “O Ramadã é sagrado para os muçulmanos, e a santidade do feriado será preservada este ano, como é todos os anos”, prometeu.
Fonte: Valor Econômico

