Por Rita Azevedo, Valor — São Paulo
10/04/2024 16h00 Atualizado há uma hora
O volume financeiro negociado em debêntures cresceu 56% no primeiro trimestre, em comparação ao mesmo intervalo de 2023, para R$ 159 bilhões. Em relação aos três últimos meses do ano passado, o avanço foi de 20%, segundo levantamento da Pop BR, precificadora de ativos de crédito da Luz Soluções Financeiras, obtido pelo Valor.
O aumento da demanda por esses papéis aconteceu em meio a mudanças importantes de regras — como as de emissão de certificados de recebíveis imobiliários ou do agronegócio (CRI e CRA) — e a migração de recursos que antes estavam em fundos exclusivos.
Considerando também as negociações de CRI e CRA, o volume movimentado com ativos de janeiro a março superou a marca dos R$ 200 bilhões pela primeira vez, segundo o levantamento.
No primeiro trimestre, as debêntures mais negociadas foram as incentivadas da Eletrobras que vencem em 2031 (ELET14). Os papéis, cuja remuneração é equivalente a IPCA com acréscimo de 6,317% ao ano, movimentaram R$ 2,99 bilhões no secundário.
Em segundo lugar na lista aparece uma debênture corporativa da TIM (TBSP11), com volume de R$ 2,53 bilhões. O papel vence em 2028 e tem remuneração de DI mais 2,3%.
Um papel da Claro com vencimento em 2027 (BCPSA4) e remuneração de DI mais 1,2% completa a lista, com R$ 2,45 bilhões em volume negociado.
Entre os CRI, a maior negociação foi do papel 21F0097589, que tem devedores pulverizados e remuneração de IPCA mais 6,5%. O volume financeiro foi de R$ 1,14 bilhão no trimestre.
A segunda maior negociação foi de um CRI da Bem Brasil Alimentos, com taxa de IPCA mais 5,4%. O papel movimentou, no total, R$ 898 milhões. Em seguida na lista, aparece um título da General Shopping e Outlets a IPCA mais 5% e volume de negociação de R$ 571 milhões.
No universo dos CRA, o destaque do trimestre foi um ativo emitido pela Dexco, com volume de R$ 780 milhões, seguido por um da Minerva, com R$ 557 milhões.
Fonte: Valor Econômico

