O novo medicamento combina a dose original da vacina com uma proteção adicional contra a variante que vem causando novas ondas de casos pelo mundo.
Por Valor — São Paulo
08/06/2022 09h19 Atualizado há uma hora
A Moderna anunciou que atingiu resultados positivos em testes de uma nova vacina que busca imunizar contra a variante ômicron do coronavírus. O novo medicamento combina a dose original da vacina com uma proteção adicional contra a variante que vem causando novas ondas de casos pelo mundo.
Os resultados preliminares do estudo da Moderna mostram que pessoas que receberam a dose combinada relataram um aumento de oito vezes nos anticorpos de combate que são capazes de neutralizar a variante ômicron, anunciou a empresa nesta quarta-feira.
As vacinas contra a covid-19 disponíveis atualmente no mercado são todas baseadas na variante original da doença. Eles ainda fornecem forte proteção contra a forma graves da doença, hospitalizações e mortes mesmo após o surgimento da variante ômicron, mais contagiosa que outras variantes.
Mas o vírus continua a sofrer mutações rapidamente, de maneira que podem escapar de algumas coberturas vacinais e causar infecções mais leves. Por causa disso, reguladores dos Estados Unidos e a Organização Mundial da Saúde (OMS) estão considerando se devem ordenar uma mudança nas regras de vacinação e estabelecer uma nova rodada de doses de reforço no outono do hemisfério norte — quando o clima frio retorna e as crianças voltam às escolas.
A Food and Drug Administration (FDA) – órgão americano responsável pela liberação do uso de vacinas no país – marcou uma reunião no final de junho para que seus consultores científicos debatam a nova rodada de vacinação e avaliem os dados dos testes dos fabricantes para aprovar novas vacinas. A Pfizer também está estudando uma vacina combinada, chamada pelos cientistas de vacina bivalente.
A Moderna disse que seu novo estudo foi realizado com 437 pessoas, e descobriu que, um mês após a aplicação da vacina combinada, os receptores apresentaram níveis mais altos de anticorpos de combate a ômicron — e proteção cruzada contra outras variantes anteriores. No entanto, os anticorpos diminuem naturalmente; por isso, não está claro quanto tempo durará a proteção contra a infecção.1 de 1 — Foto: Unsplash
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Fonte: Valor Econômico