Entre empresas do setor de saúde listadas em bolsa, ela é a que tem a maior parte de seus hospitais em Minas Gerais, Estado líder em casos da doença
PorBeth Koike
Valor — São Paulo
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A epidemia da dengue, com mais de 2 milhões de casos registrados neste ano no país, deve ter um impacto relativamente pequeno nas empresas de saúde, uma vez que na maior parte dos casos a doença não demanda internações, que é o maior custo. Nesse contexto, entre as companhias listadas do setor, a Mater Dei é a mais impactada positivamente por concentrar a maior parte de seus hospitais em Minas Gerais, Estado líder em casos da doença, uma vez que, com mais internações, a receita deve crescer.
Segundo projeções do Santander — que fez relatório sobre os reflexos da dengue nas companhias listadas de saúde — o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Mater Dei pode ter um incremento médio de 2,6% neste ano. Na Kora, cujos hospitais estão concentrados no Espírito Santo, outra região com alta incidência de dengue, o indicador pode subir 0,9%. Na Rede D’Or e Dasa, é esperada uma alta de 0,7% e 0,6%, respectivamente, na linha do Ebitda neste ano.
Já para as operadoras de planos de saúde, o banco estima que a taxa de sinistralidade (percentual de uso do convênio médico) seja afetada negativamente entre 0,5 e 0,24 ponto percentual no primeiro semestre. Com isso, o Ebitda no ano pode ter queda média de 0,3% e 1,5% para Hapvida e SulAmérica, respectivamente.
Durante teleconferência para analistas e investidores, tanto Hapvida quanto Rede D’Or informaram que os casos de dengue não devem impactar de forma relevante os números do primeiro trimestre.
Nas empresas Viveo e Hypera o impacto esperado é neutro tendo em vista que a distribuidora de medicamentos e vacinas foi beneficiada em janeiro, mas em fevereiro o governo passou a distribuir o imunizante. Na Hypera, há tanto medicamentos não indicados quanto recomendados para tratamento da doença, destaca relatório do banco.
Fonte: Valor Econômico