Após dois meses seguidos de recuo, a confiança do consumidor brasileiro voltou a subir em outubro, segundo levantamento feito pelo Instituto Ipsos. O Índice de Confiança do Consumidor avançou a 58,5 pontos, alta de 1,5 ponto ante setembro. Na comparação com outubro do ano passado, a alta foi de 5,9 pontos.
Desta forma, o Brasil sobe uma posição e figura como terceiro colocado entre os 29 países que compõem o ranking global do Ipsos, empatado com o México. Ambos passara, a Tailândia e ficaram atrás apenas da Índia, que tem 64,1 pontos, e Indonésia, com 62,9 pontos. Na ponta inferior, a Turquia teve a menor pontuação (34,5).
De acordo com o diretor-executivo da Ipsos no Brasil, Marcos Calliari, o país registrou uma das altas mais fortes da confiança entre as economias pesquisadas de um ano para cá. Isso se deve a dois pontos, em sua avaliação. “Primeiro, o forte expansionismo fiscal do fim da gestão anterior. A isso, se soma o otimismo com a mudança de governo após as eleições, um processo que também é observado em outras nações também”, acrescenta. A Argentina, que tem sido uma das lanterninhas do ranking, registrou alta de 3,9 pontos na passagem de setembro para outubro, em meio ao processo eleitoral, exemplifica.
Calliari avalia, no entanto, que a onda positiva se esgotou para o Brasil. “Viemos de duas quedas em agosto e setembro antes dessa retomada em outubro. Acredito que isso significa que a lua de mel acabou, e entraremos em um período de adaptação, em que variações no índice estarão mais fortemente associadas aos fatos e discussões correntes.”
Apesar disso, o executivo entende que o país não deve ver o indicador entrar em declínio. “O noticiário não é ruim. Temos, por exemplo, o menor nível de desemprego em quase dez anos.”
Na comparação com o levantamento de setembro, a maior alta foi observada justamente pela Argentina, seguida de Colômbia (3,6 pontos) e México (3,4). Já a Malásia e Cingapura tiveram as maiores quedas: 5,3 e 4,0 pontos, respectivamente.
A média mundial, por sua vez, caiu de 47,6 pontos para 47,2, abaixo da linha de neutralidade do indicador, de 50 pontos.
A América Latina é também a região com a maior pontuação de confiança do consumidor, com 51,3 pontos.
Fonte: Valor Econômico

