Por Valor — São Paulo
26/06/2023 12h31 Atualizado há 20 horas
O líder da organização paramilitar Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, fez o primeiro pronunciamento após o motim que organizou contra o Kremlin durante o final de semana e justificou o ato como uma maneira de salvar a organização e garantir a existência da entidade, que segundo ele estava marcada para acabar no dia 1º de julho.
Em um vídeo publicado no Telegram, Prigozhin, disse que começou a “marcha” por motivos de “injustiça”, alegando que o Ministério da Defesa da Rússia não fechou novos contratos com o Grupo Wagner e que após o dia 1º de julho a entidade poderia deixar de existir.
Prigozhin ressaltou que a intenção do motim não era derrubar o governo russo.
O líder disse ainda que a marcha era pacífica até que as unidades do grupo foram atingidas por mísseis e helicópteros e que o avanço foi interrompido para evitar o derramamento de sangue de russos.
No cerne das críticas de Prigozhin está a condução da guerra pelo alto comando militar russo, que segundo ele conduziu a questão de maneira errada.
O líder do Grupo Wagner disse que o motim mostrou “sérios” problemas de segurança no país e que durante as 24h em que estiveram amotinados, fizeram um trajeto equivalente à distância entre as tropas russas no dia 24 de fevereiro até Kiev, uma aparente provocação ao comando militar da Rússia.
“Nós demos uma aula sobre como o dia 24 de fevereiro deveria ter sido”, disse Prigozhin no vídeo, fazendo alusão ao dia de início da guerra, quando forças russas tentaram tomar Kiev, mas foram repelidas pelas forças ucranianas.
Fonte: Valor Econômico