Alguns fatores macroeconômicos – como juros, inflação e mercado de trabalho – podem ajudar a indústria em 2024, mas é preciso aguardar para avaliar qual será a magnitude desse impacto, afirmou nesta quarta-feira (6) o gerente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) André Macedo, responsável pela Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF).
O ano de 2024 começou com queda de 1,6% da indústria em janeiro, ante o mês anterior. Ao comentar o resultado, Macedo afirmou que essa conjuntura macroeconômica pode ter contribuição positiva no ano.
“Claro que a redução da taxa de juros, o maior controle do nível de preços e a melhora do mercado são fatores importantes, que podem ter contribuição positiva para o setor industrial em 2024, mas não dá para saber a magnitude; é preciso aguardar os próximos meses”, disse.
A despeito de classificar a redução de 1,6% da indústria em janeiro como “resultado negativo importante” e “sinal de alerta”, Macedo defendeu que é preciso relativizar o dado, porque houve alta acumulada de 2,9% da produção entre agosto e dezembro de 2023.
Com o resultado do primeiro mês de 2024, no entanto, afirmou Macedo, a indústria volta a ficar abaixo do patamar de produção de fevereiro de 2020, marco do pré-pandemia. E isso ocorreu apenas um mês depois desse nível ser superado, o que ocorreu em dezembro de 2023.
“Em dezembro, a indústria tinha conseguido ultrapassar esse patamar do pré-pandemia pela primeira vez. Agora, com a entrada do dado de janeiro, volta a ficar abaixo do nível de fevereiro de 2020. A indústria opera em nível 0,8% abaixo daquele”, notou.
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— Foto: Anna Carolina Negri/Valor
Fonte: Valor Econômico

