Por Arthur Cagliari, Valor — São Paulo
10/05/2023 12h28 Atualizado há 19 horas
Diante de um cenário com um nível menor de incerteza no Brasil, o J.P. Morgan abriu posição que aposta na valorização do real contra o dólar no curto prazo, com uma opção de três meses, informou o banco americano em relatório enviado a clientes.
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Com o Brasil ainda oferecendo os juros reais mais altos no mercado entre os emergentes e a volatilidade implícita do real nas mínimas do ano, a posição comprada em real parece atraente em um ambiente de ampla fraqueza do dólar”, dizem as estrategistas Tania Escobedo Jacob e Gisela Brant.
Na leitura das profissionais, as discussões sobre o arcabouço fiscal continuam, mas com impacto limitado no mercado. Além disso, apesar de a indicação do atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, para ocupar a diretoria de política monetária do Banco Central ter criado alguma incerteza entre os investidores, o banco americano aponta que a independência da autarquia deve permanecer “intocada”.
“A decisão de junho sobre a meta de inflação deve remover a última camada de incerteza dos ativos brasileiros, e a probabilidade de uma resolução favorável ao mercado também parece ter aumentado ultimamente”, afirmam as estrategistas do J.P. Morgan.
É também uma maior clareza sobre a meta de inflação que pode dar “mais liberdade para o Banco Central mudar a orientação de sua política”, ainda conforme as estrategistas. “O Copom destacou no comunicado que a probabilidade de novas altas é menor e entregou uma pequena revisão para baixo em um dos cenários de inflação. Ainda assim, o BC manteve-se atento às expectativas de inflação elevada.”
Fonte: Valor Econômico

