Em meio ao crescimento das gestoras independentes especializadas em ativos estressados – também conhecidos como “distressed” ou de “special situations”, ou seja, que passam por problema de crédito, liquidez, recuperação judicial e até falência -, a Itaú Asset está lançando seu segundo fundo focado em créditos ligados a processos judiciais públicos e privados, segmento conhecido como “Legal Claims”.
Semelhante ao primeiro fundo, criado em 2022, o Itaú Algarve Legal Claims II é voltado a investidores profissionais e será composto principalmente por cessão de direitos creditórios com deságio e instrumentos de dívida lastreados por direitos creditórios. Segundo a gestora, boa parte dos ativos já está em fase de “due dilligence”, ou seja, em estágio mais avançado de negociação. A expectativa é captar mais que o primeiro fundo, que, na época de seu lançamento, levantou R$ 300 milhões e hoje reúne R$ 475 milhões em ativos.
No total serão de 15 a 20 ativos em carteira, com objetivo de retorno líquido na faixa IPCA+15% a IPCA+20% e prazo de sete anos, podendo ser prorrogado por mais três, a critério do gestor para o processo de desinvestimento. A taxa de administração é de 2%, e a de performance, de 20% do que exceder IPCA+8% ao ano.
“O Itaú Algarve Legal Claims II trabalhará com uma classe de ativos não correlacionados com os demais do mercado financeiro, com histórico de retorno resiliente ao tempo e comparável a investimentos em private equity, mas com duration menor”, destaca Sergio Goldstein, sócio e responsável pela área de crédito estruturado da Itaú Asset.
Maior gestora privada do Brasil, com cerca de R$ 840 bilhões sob gestão, a Itaú Asset lançou sua área focada em “legal claims” em 2022, como resultado da parceria com a Algarve Capital, casa especializada nesse segmento e com a qual há acordo de exclusividade para atuação no ramo. Entre os executivos que tocam a Algarve está Daniel Cardoso, egresso da Gávea Jus, gestora especializada em ativos judiciais da Gávea Investimentos.
fonte: valor econômico

