Israel está se aproximando de um acordo de cessar-fogo com o Hezbollah no Líbano nesta segunda-feira (25) em meio a sinais de progresso nas negociações lideradas pelos Estados Unidos, segundo relatos das agências de notícia internacionais.
O jornal israelense Ynet informou que há indícios de que Israel concordou com grandes partes do acordo de cessar-fogo, mas ainda não com todo ele. O enviado dos EUA, Amos Hochstein, teria avisado o Líbano sobre a iniciativa de Israel de concordar com o acordo.
Já o porta-voz do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse à emissora americana “CNN” que o gabinete israelense votará no acordo na terça-feira (26), depois que uma fonte familiarizada com o assunto informou que o premiê aprovou o plano “em princípio”.
Netanyahu sinalizou sua potencial aprovação ao cessar-fogo emergente com o Hezbollah durante uma consulta de segurança com autoridades israelenses na noite de domingo, disse a fonte. Israel ainda tem reservas sobre alguns detalhes do acordo, que esta sendo transmitido ao governo libanês na segunda-feira.
Relatórios alegaram que o rascunho do acordo incluía um período de transição de 60 dias que levaria o exército de Israel a se retirar do sul do Líbano, onde tropas têm lutado contra o Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã.
Também haveria relatos de que o Hezbollah moveria suas armas pesadas para o norte do Rio Litani, enquanto o exército libanês se posicionaria em áreas próximas à fronteira — tudo em um esforço para manter a paz.
Citando uma importante fonte israelense, um site de notícias disse que “a direção era positiva”, mas que um acordo não havia sido finalizado. Outros relatórios acrescentaram que um anúncio seria possível esta semana se as coisas corressem conforme o planejado.
De acordo com o jornal americano Axios, o rascunho do acordo inclui um comitê de supervisão liderado pelos EUA para monitorar a implementação e abordar quaisquer possíveis violações.
Um acordo pode pôr fim aos conflitos que já deixaram mais de 3,5 mil libaneses mortos e mais de 15 mil feridos em mais de um ano. Qualquer possível acordo também permitiria que centenas de pessoas de ambos os lados da fronteira retornassem gradualmente para casa.
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Equipes de resgate buscam vítimas em casa destruída por ataque israelense, em Baalchmay, subúrbio do Beirute, no Líbano — Foto: Hassan Ammar/AP
Fonte: Valor Econômico

