O governo dos EUA tenta exercer sua influência sobre o governo de Israel para ditar como deve ser a partir de agora a guerra contra o grupo palestino terrorista Hamas. Washington reforçou ontem por meio do secretário de Estado, Anthony Blinken, que uma vez que os bombardeios israelenses à Faixa de Gaza recomecem, deverão ser muito mais precisos do que foram durante a primeira fase da guerra.
A mensagem foi levada por Blinken ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Os dois se reuniram em Tel Aviv. “Nós conversamos sobre os detalhes dos planos atuais de Israel e eu reforcei o que é um imperativo para os EUA, que as perdas massivas de vidas de civis e que os deslocamentos [forçados de palestinos] na escala que vimos no norte de Gaza não se repitam no sul”, disse Blinken.
Ele disse que Israel tem uma das Forças Armadas mais sofisticadas do mundo e é capaz de minimizar mortes de homens, mulheres e crianças inocentes.
Desde sexta-feira, Israel e lideranças do Hamas estão sob trégua depois que mais de 15 mil palestinos foram mortos, principalmente na região norte da Faixa de Gaza. Os bombardeios foram uma resposta às 1.200 mortes provocadas pelo Hamas no sul de Israel, em 7 de outubro, durante uma invasão que também resultou na captura de cercva de 240 reféns.
Ontem, seguindo uma prática desde o início da trégua, o Hamas soltou mais oito reféns israelenses e Israel libertou mais 30 prisioneiros palestinos. As trocas ocorreram nos últimos minutos da prorrogação da trégua e negociadores tentavam encontrar um caminho para estender por mais tempo a pausa nos combates.”
Fonte: Valor Econômico

