O Irã negou envolvimento com os ataques a uma base militar dos Estados Unidos na Jordânia, que provocou a morte de três americanos. Segundo o país, Teerã não ordenou a ação e os grupos rebeldes que realizaram a ofensiva agiram de maneira independente.
“A República Islâmica não tem qualquer envolvimento com as decisões dos grupos de resistência sobre como apoiam a nação palestiniana ou se defendem a si próprios e aos povos dos seus países”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, segundo a agência estatal de notícias “Irna”.
O ataque foi reivindicado pelo grupo Resistência Islâmica, organização que abriga outras entidades como o Kata’ib Hezbollah, aliado do Hezbollah libanês que vem realizando ataques contra Israel na fronteira entre os países.
A declaração do porta-voz iraniano foi feita após acusação do presidente dos EUA, Joe Biden, de que os ataques foram realizados por “grupos militantes radicais apoiados pelo Irã que operam na Síria e no Iraque”, segundo nota divulgada pela Casa Branca.
“Ontem à noite, três militares dos EUA foram mortos – e muitos feridos – durante um ataque aéreo não tripulado com drones às nossas forças estacionadas no nordeste da Jordânia, perto da fronteira com a Síria”, disse Biden, em nota. “Não tenham dúvidas – responsabilizaremos todos os responsáveis no momento e da maneira que escolhermos”.
Os ataques a bases americanas no Iraque e na Síria começaram a acontecer após o início da guerra entre Israel e Hamas, com grupos radicais islâmicos realizando ofensivas contra alvos dos EUA como retaliação ao apoio do país ao governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. As mortes dos três militares americanos marcaram as primeiras baixas do país no Oriente Médio desde o início do conflito.
Fonte: Valor Econômico

