A inflação de julho no Brasil ficou em 0,26%, uma leve aceleração em relação ao indicador de junho (0,24%), segundo dados anunciados nesta terça-feira, 12, pelo IBGE. Com isso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 3,26% no ano. Nos últimos 12 meses, o índice ficou em 5,23%, abaixo dos 5,35% dos 12 meses imediatamente anteriores.
De acordo com o IBGE, em julho, o grupo Habitação registrou alta de 0,91%, impulsionado pela variação de 3,04% na energia elétrica residencial, item com o maior impacto individual no índice do mês (0,12 ponto porcentual). “A alta reflete o reajuste de 13,97% em uma das concessionárias em São Paulo (10,56%) vigente desde 04 de julho; 1,97% em Curitiba (2,47%) desde 24 de junho; 14,19% em uma das concessionárias de Porto Alegre (1,48%) a partir de 19 de junho e redução de 2,16% nas tarifas de uma das concessionárias do Rio de Janeiro (0,71%) a partir de 17 de junho”, diz a nota do instituto. “Cabe destacar que, em julho, permanecia vigente a bandeira tarifaria vermelha patamar 1, adicionando R$4,46 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos.”
Com a segunda maior variação e impacto no mês de julho, a alta do grupo Despesas Pessoais (0,76 % e 0,08 ponto porcentual de impacto) foi impulsionada pelo reajuste, a partir de 9 de julho, nos jogos de azar (11,17% e 0,05 ponto), diz o instituto.
No grupo Saúde e cuidados pessoais (alta de 0,45%), segundo o IBGE, destacaram-se as altas nos itens de higiene pessoal (0,98%) e no plano de saúde (0,35%), que reflete a incorporação dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “Para os planos contratados após a Lei nº 9.656/98, o porcentual é de até 6,06%, com vigência a partir de maio de 2025 e cujo ciclo se encerra em abril de 2026. Para os planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, os porcentuais autorizados foram de 6,47% e 7,16%, a depender do plano.”

O grupo Transportes, por sua vez, acelerou de junho (0,27%) para julho (0,35%), impulsionado pela alta nas passagens aéreas (19,92% e 0,10 ponto porcentual de impacto). “Os combustíveis, por sua vez, recuaram 0,64% em julho com quedas nos preços do etanol (-1,68%), do óleo diesel (-0,59%), da gasolina (-0,51%) e do gás veicular (-0,14%).”
O grupo Alimentação e Bebidas, que tem o maior peso no índice, por sua vez, apresentou queda (-0,27%) na média de preços pelo segundo mês consecutivo (em junho a variação foi de -0,18%). “A queda em julho foi impulsionada pela alimentação no domicílio que caiu 0,69% na passagem de junho para julho, com destaque para as quedas da batata-inglesa (-20,27%), da cebola (-13,26%) e do arroz (-2,89%)”, diz o IBGE.
O instituto aponta ainda que alimentação fora do domicílio registrou variação de 0,87% em julho, frente ao 0,46% de junho.
Fonte: Estadão

