O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu 0,11% em agosto, após alta de 0,26% em julho. Em agosto de 2024, houve queda de 0,02%. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Este foi o primeiro resultado negativo do IPCA desde agosto de 2024 (-0,02%), sendo a queda mais forte desde setembro de 2022 (-0,29%).
A mediana das projeções de 34 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data era de baixa de 0,16%. O resultado ficou dentro do intervalo das projeções, que ia de queda de 0,27% a recuo de 0,09%.
Com a taxa de agosto, o resultado acumulado nos últimos 12 meses foi de 5,13%, ante 5,23% até julho. Para esse resultado, a mediana das estimativas do Valor Data era de 5,09%, com projeções entre 4,96% e 5,16%. No ano, o indicador acumula alta de 3,15%.
O resultado do IPCA em 12 meses ficou acima do centro da meta inflacionária estabelecida pelo Banco Central (BC) de 3% para 2025, e fora da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.), para mais ou para menos.
Das nove classes de despesas usadas para cálculo do IPCA, alimentação e bebidas aprofundaram a queda de julho para agosto (de -0,27% para -0,46%) enquanto habitação mudou de direção (de 0,91% para -0,90%), comportamento observado também em artigos de residência (de 0,09% para -0,09%) e transportes (de 0,35% para -0,27%). Despesas pessoais reduziram o ritmo de alta (de 0,76% para 0,40%).
Vestuário foi para o campo positivo (de -0,54% para 0,72%), e tiveram alta mais marcada saúde e cuidados pessoais (de 0,45% para 0,54%) e educação (de 0,02% para 0,75%).
Comunicação manteve mesma variação no período (de -0,09%).
Dentro dos grupos do IPCA, chamaram atenção as variações de preços em gasolina (-0,94%), e em energia elétrica (-4,21%) em agosto. No caso desse último item, esse exerceu impacto individual mais intenso na formação do índice de agosto, de -0,17 ponto percentual (p.p.).
O IBGE calcula a inflação oficial brasileira com base na cesta de consumo das famílias com rendimento de um a 40 salários-mínimos, abrangendo dez regiões metropolitanas, além das cidades de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.
Fonte: Valor Econômico

