Prévia da inflação oficial no país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) subiu 0,33 % em julho após alta de 0,26% em junho, informou nesta sexta-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em julho de 2024, o IPCA-15 tinha subido 0,30%.
O resultado de julho ficou acima da mediana das 25 projeções de analistas de consultorias e instituições financeiras consultados pelo Valor Data, que estimavam alta de 0,31% em julho. O intervalo das estimativas era de alta de 0,23% a aumento de 0,36%
No resultado acumulado em 12 meses, o IPCA-15 ficou em 5,30% em julho ante 5,27% até junho também em 12 meses. O resultado ficou acima da mediana das estimativas do Valor Data, que era de 5,28%, com intervalo entre 5,19% e 5,33%. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central (BC) para 2025 é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima.
Energia elétrica residencial foi a principal influência individual para a alta do IPCA-15 em julho, com variação de 3,01% e impacto de 0,12 ponto percentual (p.p.).
Outros destaques de variações de preços, no IPCA-15 de julho foram: gasolina (com queda de 0,50%); e passagens aéreas (com alta de 19,86%). Esse último item teve contribuição de 0,11 p.p. na formação do indicador de julho.
O IPCA-15 é uma prévia do IPCA, calculado com base em uma cesta de consumo típica das famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos, abrangendo nove regiões metropolitanas, além de Brasília e do município de Goiânia. A diferença em relação ao IPCA está no período de coleta e na abrangência geográfica.
Das nove classes de despesas usadas no cálculo, quatro tiveram aceleração de preços ou fim de deflação na passagem entre junho e julho desse ano.
Foram observadas taxas maiores de inflação ou fim de queda de preços em transportes (de 0,06% para 0,67%),comunicação (de 0,02% para 0,11%); despesas pessoais (de 0,19% para 0,25%), e educação (de -0,02 % para 0,0%).
Por outro lado, os outros grupos registraram desaceleração ou queda de preços no mesmo período. É o caso de alimentação e bebidas (de -0,02% para -0,06%), habitação (de 1,08% para 0,98%); artigos de residência (de 0,11% para -0,02%), vestuário (de 0,51% para -0,10%), e saúde e cuidados pessoais (de 0,29% para 0,21%).
Fonte: Valor Econômico

