Até setembro, entidades de saúde da Colômbia, Panamá, Bermudas, República Dominicana, Chile e Alemanha vão receber o soro soro diftérico fabricado no Brasil
Por Ivo Ribeiro, Valor — São Paulo
15/07/2022 15h10 Atualizado há 2 dias
Considerado uma referência na fabricação de imunobiológicos no Brasil, o Instituto Butantan, situado na cidade de São Paulo, informa que começou a exportar de soro antiofídico e antidiftérico para mais sete países da América do Norte, América do Sul e Europa. Foram, ao todo, 2.820 frascos.
De acordo com o instituto, a exportação já acontece há três anos para Estados Unidos, Reino Unido e Canadá, mas desta vez outros sete países entraram na lista de compradores do instituto. Até setembro, entidades de saúde da Colômbia, Panamá, Bermudas, República Dominicana, Chile e Alemanha vão receber o soro soro diftérico fabricado no Brasil.
Para Trinidad e Tobago, a remessa é de soro antibotrópico e antilaquético (para tratamento de acidentes por picada de jararacas e surucucu-pico-de-jaca, respectivamente) e de soro antielapídico (para tratamento de picada de coral-verdadeira).
Com esses novos países, o Butantan já soma 10 países na lista de exportação do medicamento. Para os soros antiofídicos, contra envenenamento por picada de serpente, a demanda vem de localidades com alto índice de acidentes por animais peçonhentos. O Butantan, com 121 anos de atuação, tem trabalhado com várias organizações internacionais.
Em abril, informa a empresa paulista controlada pelo governo do Estado, o instituto exportou 925 mil doses da vacina contra influenza para Uruguai e Nicarágua, por meio de edital do Fundo Rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para Acesso a Vacinas. Informa ainda que foi o primeiro fornecedor de um imunizante contra Covid-19 na América Latina, a CoronaVac.
Além da expansão do mercado internacional, o Butantan tem atuação na saúde pública do país, tendo o Ministério da Saúde como cliente prioritário. Afirma que a exportação de soros e vacinas não impacta no fornecimento para a demanda local brasileira.
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A exportação já acontece há três anos para Estados Unidos, Reino Unido e Canadá — Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Fonte: Valor Econômico