Por Agências Internacionais
01/06/2022 05h01 Atualizado há 10 horas
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A inflação ao consumidor na zona do euro subiu bem mais que o esperado e atingiu a alta recorde de 8,1% ao ano em maio, aumentando a probabilidade de o Banco Central Europeu (BCE) vir a elevar sua taxa de juro básica em julho.
A inflação na zona do euro acelerou de uma taxa anual de 7,4% em abril, impulsionada pela escalada nos preços de energia e alimentos, segundo a Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia (UE). Mesmo eliminando os preços voláteis de alimentos e energia, o núcleo da inflação subiu mais do que o esperado em maio, para 3,8%.
“Com a inflação cheia e o núcleo subindo mais do que o esperado mais uma vez, o argumento para sair imediatamente da [situação atual de] taxas de juros negativas agora é irrefutável”, escreveu Andrew Kenningham, economista-chefe para Europa da consultoria Capital Economics, em nota.
Os preços da energia subiram 39,2%, destacando como a guerra e a crise global de energia que a acompanha estão tornando a vida mais cara para os 343 milhões de habitantes da zona do euro.
Já os preços dos alimentos subiram 7,5% em maio, segundo a Eurostat – outro sinal de como a guerra da Rússia na Ucrânia, um importante fornecedor global de trigo e outras commodities agrícolas, está elevando os preços em todo o mundo. Os preços de bens de consumo como roupas, eletrodomésticos, carros, computadores e livros subiram 4,2%. Os preços dos serviços aumentaram 3,5%.
Fonte: Valor Econômico