Por Associated Press — Washington
10/05/2023 09h52 Atualizado há 13 horas
Os preços ao consumidor dos EUA voltaram a subir em abril, com a medida núcleo — que exclui energia e alimentos — permanecendo elevada, indicando que novas quedas da inflação tendem a ser lentas e acidentadas.
Os preços subiram 0,4% de março para abril, bem acima da alta de 0,1% de fevereiro para março, segundo dados oficiais divulgados ontem. Mas em termos anuais os preços subiram 4,9%, a menor alta dos últimos dois anos.
Apesar da contínua pressão sobre os preços, os dados mais recentes também forneceram evidências de um desaquecimento da inflação. Os preços dos alimentos no varejo caíram pelo segundo mês seguido. E o custo de muitos serviços, entre os quais os de passagens aéreas e de quartos de hotel, despencaram. Embora os preços dos aluguéis de apartamentos tenham subido em abril, sua alta foi menor do que nos meses anteriores.
O Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) tem monitorado os preços dos serviços e os dados de abril reforçam a sinalização dada na semana passada: suspender temporariamente o ciclo de alta do juro, após 10 aumentos seguidos, enquanto avalia o impacto infligido pelo aperto monetário.
Em termos anuais, a queda da inflação no mês passado foi muito menor do que nos meses anteriores, o que reforça a possibilidade de que a taxa não recue para a meta do Fed, de 2%, antes de meados do próximo ano.
A medida núcleo inflação subiu 0,4% de março a abril, igual alta registrada de fevereiro a março. Em termos anuais, o núcleo da inflação subiu 5,5%, de 5,6% em março.
“Esse é um caso de núcleo da inflação ainda arraigado em um nível elevado”, disse Blerina Uruci, economista da T. Rowe Price. “Esse relatório tende a predispor o Fed a manter as taxas elevadas.”
Fonte: Valor Econômico

