Por Pedro Borg, Valor — São Paulo
06/12/2022 11h58 Atualizado há 23 horas
A inflação anual registrada nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) subiu para 10,7% em outubro, uma alta de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior.
Dos 38 países do grupo, dezoito registraram inflação em dígitos duplos, com as maiores taxas sendo registradas na Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia e Turquia – que registrou sua primeira queda na inflação em 18 meses em novembro, mas ainda está muito longe de atingir a meta estabelecida por seu Banco Central. Nesses países, a inflação já superou o patamar de 20%.
Um dos principais fatores para a alta contínua dos preços nos países da OCDE está sendo os alimentos, cuja inflação atingiu maior marca desde maio de 1974 ao chegar no patamar de 16,1% em outubro, uma alta em relação aos dados de setembro, quando a alta foi de 15,3%.
Na contramão dos alimentos, a inflação dos preços de energia em países da OCDE caiu para 28,1% em outubro em relação aos 28,8% registrados em setembro. A queda é fruto das medidas de apoio de governos da OCDE para blindar a população da alta dos custos de energia causados pela guerra na Ucrânia e o corte de fornecimento de gás pela Rússia para a Europa.
Entre os países do G7 (grupo das sete maiores economias ricas), a inflação teve leve alta de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior e atingiu 7,8% em outubro.
O maior aumento da inflação entre os países do grupo foi registrado na Itália, que teve alta de 3,0 pontos percentuais em outubro, refletindo um aumento forte da inflação de energia no país. A inflação de alimentos e energia continuou a ser o principal fator de inflação na França, Alemanha, Itália e Japão, enquanto a inflação excluindo alimentos e energia foi o principal fator de inflação no Canadá, Reino Unido e Estados Unidos
Fora da OCDE, a inflação aumentou na Argentina, mas diminuiu na China, no Brasil, na Índia e na Indonésia.
Fonte: Valor Econômico