O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,27% em novembro, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), depois de ter caído 0,36% em outubro. O resultado ficou abaixo da mediana de +0,28% das estimativas dos economistas ouvidos pelo VALOR DATA, e dentro do intervalo das projeções (-0,05% a +0,41%). Em novembro de 2024, o IGP-M subiu 1,30%.
Com o resultado de outubro, o índice acumula queda de 0,11% nos últimos 12 meses. Esse resultado ficou abaixo da mediana de -0,10% das estimativas dos analistas ouvidos pelo VALOR DATA, e dentro do intervalo das projeções (-0,43% a +0,04%). No ano, acumula queda de 1,03%.
Em novembro de 2024, o IGP-M subira 1,30% no mês, acumulando uma alta de 6,33% em 12 meses. Na primeira prévia deste mês, o indicador havia tido alta de 0,48% e, na segunda, avançado 0,32%.
“Chama atenção o fato de que a taxa em 12 meses voltou ao campo negativo, algo que não ocorria desde maio de 2024. Esse resultado está muito relacionado ao comportamento do IPA ao longo do ano”, avaliou o economista do FGV Ibre Matheus Dias.
Segundo ele, em boa parte de 2025 prevaleceram quedas expressivas de preços, tanto de produtos industriais quanto agropecuários. “A queda do IGP-M em 12 meses seria ainda maior não fosse a compensação exercida pelos preços ao consumidor e pelos custos da construção”, afirmou
Em novembro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) avançou 0,27%, depois de ter caído 0,59% em outubro. Analisando os diferentes estágios de processamento, o grupo de Bens Finais subiu 0,12% em novembro, ante alta de 0,39% em outubro. O índice correspondente a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para consumo, avançou de 0,25% em outubro para 0,58% em novembro. A taxa do grupo Bens Intermediários valorizou 0,46% em novembro, após registrar queda de 0,35% no mês anterior. O índice de Bens Intermediários (ex) (excluindo o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção) subiu 0,60% em novembro, ante queda de 0,39% em outubro. O estágio das Matérias-Primas Brutas ficou em +0,25% em novembro, ante queda de 1,41% em outubro.
O Índice de Preços ao Consumidor acelerou 0,25%, de 0,16% em outubro. Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, três apresentaram avanço em suas taxas de variação: Saúde e Cuidados Pessoais (0,08% para 0,67%), Educação, Leitura e Recreação (0,50% para 1,17%) e Despesas Diversas (0,20% para 0,46%). Em sentido oposto, os grupos Vestuário (0,58% para -0,23%), Habitação (0,04% para -0,07%), Comunicação (0,20% para 0,11%), Transportes (0,23% para 0,16%) e Alimentação (0,05% para 0,00%), exibiram recuos em suas taxas de variação.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve aumento de 0,28%, de alta de 0,21% em outubro. Analisando os três grupos constituintes do INCC, Materiais e Equipamentos acelerou a taxa de 0,29% para 0,36%; a variação do grupo Serviços inverteu a taxa de 0,08% para -0,01%; e o grupo Mão de Obra avançou de 0,13% para 0,22%.
Fonte: Valor Econômico

