Gastos com medicamentos subiram para R$ 168,3 bilhões, contra R$ 143,1 bilhões em 2020
PorVictoria Netto eLucianne Carneiro
Valor — Rio
As famílias brasileiras aumentaram os gastos com medicamentos para R$ 168,3 bilhões em 2021, o que representa cerca de um terço (33,7%) do total de despesas de saúde. Em 2020, esses gastos totalizaram R$ 143,1 bilhões, correspondendo a 32,5%, segundo a pesquisa “Conta Satélite de Saúde”, divulgada hoje pelo IBGE.
O levantamento, que pode ser considerado o Produto Interno Bruto (PIB) da saúde, acompanha a estrutura de dados das contas nacionais. Elas reúnem toda a informação econômica do país durante um período, incluindo o PIB, informações sobre consumo final e comércio exterior de bens e serviços relacionados à saúde.
Os medicamentos foram o segundo maior gasto das famílias na área da saúde, ficando atrás somente das despesas com os serviços privados, que lideraram o ranking. Houve, contudo, diminuição na participação de saúde privada nas despesas familiares com saúde, saindo de 64,9% em 2020 para 63,7% em 2021.
O consumo efetivo das famílias com medicamentos inclui também os medicamentos distribuídos gratuitamente pelo poder público para consumo das famílias, que são contabilizados como despesas de consumo do governo. Em 2021, os gastos com esses medicamentos distribuídos pelo governo totalizaram R$ 12,2 bilhões, o que representa 3,4% da despesa de consumo final com saúde.
De acordo com a pesquisa, a despesa de consumo do governo não inclui os subsídios do Programa Farmácia Popular, que fornece medicamentos a um custo menor que o de mercado para a população. Em 2021, esse programa totalizou uma despesa de R$ 2,5 bilhões, mantendo o mesmo patamar de despesas, em termos nominais, de 2020.
Fonte: Valor Econômico