O hedge fund automatizado Renaissance Technologies foi pego de surpresa após o anúncio tarifário do “dia da libertação” de Donald Trump na semana passada, que provocou ondas de choque nos mercados financeiros globais.
O Renaissance Institutional Equities Fund, uma das estratégias carro-chefe do grupo oferecida a investidores externos, teve uma queda de cerca de 8% em abril até a última sexta-feira, segundo três pessoas familiarizadas com os números. As perdas reduziram os ganhos do fundo em 2025 para 4,4%.
As perdas da Renaissance destacam o tumulto nos mercados financeiros desde que Trump, na última quarta-feira, declarou que os EUA imporiam tarifas universais de 10% e taxas muito mais altas para muitos dos principais parceiros comerciais da América.
Uma das estratégias menores da Renaissance teve um desempenho melhor na recente turbulência do mercado. O Renaissance Institutional Diversified Alpha Fund, que gerenciava apenas US$ 3,6 bilhões em setembro passado, caiu 2,4% em abril e teve um retorno de 11,5% no ano, segundo as pessoas.
O fundo de ações institucionais, que gerenciava US$ 19,6 bilhões em setembro do ano passado, teve um ganho de 22,7% no ano passado, enquanto o fundo Diversified Alpha subiu 15,6%, de acordo com uma pessoa que viu os números.
Fundada pelo pioneiro quantitativo Jim Simons, conhecido como o “rei dos quants” e falecido em maio passado, a Renaissance é um dos hedge funds quantitativos mais conhecidos do mundo. Fundos quantitativos evitam decisões humanas e dependem de algoritmos computacionais para realizar operações, frequentemente identificando padrões nos dados de mercado e tentando surfar nas tendências.
Hedge funds e outros investidores enfrentaram alguns dos dias de negociação mais desafiadores da semana passada desde que a pandemia de coronavírus de 2020 abalou os mercados globais.
As ações ao redor do mundo caíram drasticamente na quinta e sexta-feira, com o índice S&P 500 dos EUA recuando mais de 10%. Nesta semana, até mesmo ativos ultra-seguros como os títulos do governo dos EUA foram vendidos, à medida que hedge funds moveram seu dinheiro para o caixa e reduziram sua exposição ao mercado.
Os hedge funds também foram atingidos pelas maiores chamadas de margem desde a pandemia, já que os bancos de Wall Street, na semana passada, pediram a seus clientes mais garantias como respaldo para seus empréstimos, relatou o Financial Times. Essa alavancagem permite que os hedge funds amplifiquem os lucros quando realizam operações lucrativas, mas também pode ampliar as perdas.
Após décadas de retornos elevados, os fundos externos da Renaissance registraram grandes perdas com os movimentos voláteis durante a pandemia, o que levou a uma queda acentuada nos ativos sob gestão externos. O Medallion Fund da empresa, frequentemente chamado de a maior máquina de fazer dinheiro da história, está fechado a investidores externos há cerca de duas décadas.
Fonte: Financial Times
Traduzido via ChatGPT