O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira que vai levar para o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), uma estimativa mais precisa da renúncia de receita prevista com a desoneração da folha de pagamentos dos 17 setores da economia intensivos em mão de obra e dos pequenos municípios. A pasta já divulgou números diferentes — inicialmente, R$ 25 bilhões, depois R$ 20 bilhões e, por último, um impacto anual de R$ 16 bilhões.
“Eu pedi para a Receita reestimar, a primeira providência que eu vou fazer é levar ao conhecimento do presidente Rodrigo Pacheco o que que não está previsto no Orçamento que foi aprovado. Porque, como não foi feito o cálculo pela Fazenda, o projeto foi aprovado sem que houvesse participação do Executivo; então nós usamos esse tempo para fazer uma estimativa de renúncia não prevista no Orçamento que compromete os objetivos pretendidos”, afirmou Haddad em Brasília. O ministro vai se reunir com Pacheco no fim desta tarde, em encontro previsto para 18 horas.
Questionado se o programa Remessa Conforme poderia ser uma alternativa para bancar a extensão da desoneração da folha, Haddad disse que o importante é “encontrar uma alternativa ao orçamento aprovado”, que prevê zerar o déficit primário neste ano. “O orçamento é público, quando você faz uma renúncia fiscal você tem que compensar. É natural que haja lobbies, que haja grupos de interesses defendendo as suas propostas. Mas o papel do Ministério da Fazenda é buscar harmonizar o orçamento com aquilo que foi aprovado”, disse.
Ainda segundo Haddad, nesta segunda começa uma “discussão de alto nível” sobre o tema.
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— Foto: Washington Costa/MF
Fonte: Valor Econômico

