Após diversos recordes da bolsa brasileira nas últimas semanas, o sentimento predominante entre os investidores locais ainda é de otimismo em relação ao Ibovespa, mas menor do que já foi.
Em pesquisa mensal realizada pelo BTG Pactual referente a novembro, 48% dos consultados estão otimistas e 3%, muito otimistas com o desempenho esperado para o Ibovespa. No entanto, há um aumento da cautela por parte dos agentes, já que, em setembro, 69% dos investidores estavam otimistas ou muito otimistas.
Ainda de acordo com a pesquisa do BTG, 56% dos agentes ouvidos acreditam que o Ibovespa vai encerrar o ano entre 150 e 160 mil pontos. Mais da metade (53%) avalia que a bolsa está barata ou muito barata. Nesse cenário, quase um terço (29%) pretende aumentar a posição, enquanto 45% deve manter os investimentos atuais.
Nesses pontos também há maior cuidado dos participantes do mercado em relação a meses anteriores, após o rali do Ibovespa visto recentemente. Em setembro, 62% consideravam a bolsa barata ou muito barata e 45% planejavam aumentar a posição.
A pesquisa de novembro também indica um avanço significativo entre os investidores que pretendem reduzir posições, passando de 12% para 26%. Para o BTG, “os investidores estão menos confortáveis com o ‘valuation’ após a alta e buscando reduzir o risco até o final do ano”.
Entre os temas domésticos mais relevantes, eleições e o início do ciclo de redução da taxa de juros pelo Copom lideram as preocupações. A Selic ganhou importância e passou a ser citada como prioridade por 44% dos agentes, enquanto a política fiscal ficou “praticamente esquecida por enquanto”. No cenário externo, os juros nos Estados Unidos seguem sendo o principal foco da maioria dos participantes do mercado consultados.
*Participante do Curso Valor de Jornalismo Econômico, sob supervisão de Victor Rezende
Fonte: Valor Econômico

