Por Andrew England e Adam Samson, Valor — Financial Times, de Istambul
11/05/2023 17h51 Atualizado há 3 dias
Houve um determinado momento em que o debate eleitoral da Turquia se resumiu a uma cebola e a um navio de guerra.
Tudo começou em abril quando Kemal Kiliçdaroglu, o homem à frente da investida para romper o domínio da política turca pelo presidente Recep Tayyip Erdogan, sentado à mesa de sua cozinha, com o colarinho aberto e as mangas arregaçadas, ergueu uma cebola.
O argumento que o líder da oposição tentava enfatizar aos eleitores é que a inflação desenfreada do governo de Erdogan é prejudicial a todas as famílias. O preço de 1 quilo de cebolas, essenciais na cozinha turca, quintuplicou na capital Ancara ao longo dos últimos 18 meses.
“O verdadeiro interesse dos cidadãos é esse. Eles sabem que quando eu chegar ao poder, a democracia virá, o dinheiro fluirá, os investimentos fluirão, a moeda se valorizará, a prosperidade chegará”, disse Kiliçdaroglu, quase sorrindo em sua propaganda eleitoral. “Mas, se ele [Erdogan] ficar, esta cebola em minhas mãos custará 100 liras. Mesmo hoje já está a 30 liras.”
Um dia depois, em uma base naval, Erdogan exibiu uma imagem totalmente diferente, mostrando-se como um estadista na inauguração de um navio de guerra, um evento que usou para vangloriar-se da força e poder de influência da Turquia sob sua liderança. A embarcação, disse ele, é um símbolo “que fortalecerá nossa posição como líder no ‘século turco’ e como uma nação que tem voz no mundo.”
As imagens contrastantes resumem bem a difícil escolha que os eleitores precisarão fazer nas eleições de 14 de maio: um líder forte, carismático, que domina a política do país há 20 anos, ou um burocrata aposentado de fala mansa apostando que os anos de um autoritarismo progressivo e o crescente custo de vida enfim convencerão os eleitores da necessidade de mudança.
No momento em que a república comemora seu centenário, poucas vezes as apostas foram tão altas. Erdogan luta pela sobrevivência política ao enfrentar seu maior desafio nas urnas desde a chegada ao poder em 2003. Kiliçdaroglu lidera uma aliança de seis partidos, unidos na luta para derrubar o presidente.
Uma vitória da oposição, em particular se for por pequena margem, colocaria à prova o compromisso de Erdogan com a democracia, assim como as lealdades do Judiciário, das forças policiais e das Forças Armadas, que ele passou 20 anos empenhado em colocar sob seu controle. Caso Erdogan, que mostra uma intolerância cada vez maior com a dissidência, consiga outro mandato, os críticos temem que ele guiará a Turquia a um autoritarismo ainda maior.
“Em seu cerne, é uma escolha sobre como a democracia turca irá evoluir”, diz Can Selçuki, gerente-geral da firma de análises Istanbul Economics Research. “Se ele vencer, é a continuação desse sistema desequilibrado, no qual a democracia se reduz a eleições a cada cinco anos, sem controles [sobre o poder].”
O resultado também pode determinar o rumo a ser tomado pela economia de US$ 900 bilhões. O país precisa urgentemente de investimentos estrangeiros para gerenciar um déficit em conta corrente perto do maior patamar desde o início dos registros e para reabastecer as reservas internacionais em queda.
É uma crise que abalou a popularidade de Erdogan, dado que ele segue uma política monetária pouco ortodoxa. Ele se opõe a aumentos dos juros mesmo com a alta da inflação e demitiu três presidentes do banco central em menos de quatro anos. Seus partidários, contudo, insistem em dizer que ele é o único homem capaz de arrumar essa bagunça.
No canto oposto, Kiliçdaroglu promete fazer uma limpeza para sanear as instituições financeiras do Estado e voltar a atrair os cautelosos investidores estrangeiros.
Ele seria uma figura bem menos beligerante no cenário internacional e tentaria consertar as relações, muitas vezes difíceis, do país, que faz parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), com a Europa — uma mudança potencialmente importante para o Ocidente, preocupado com a guerra da Rússia na Ucrânia. Ele não teria o tipo de relacionamento próximo, ainda que complexo, que Erdogan criou com o presidente russo, Vladimir Putin, mas manteria relações econômicas com a Rússia, um dos principais parceiros comerciais da Turquia.
Kiliçdaroglu também promete acabar com a poderosa Presidência executiva tão apreciada por Erdogan, adotada após um polêmico referendo constitucional em 2017, e voltar a tornar o país uma democracia parlamentar.
“Entregamos a República da Turquia a uma única pessoa [Erdogan]. Essa mentalidade não pode existir”, disse Kiliçdaroglu ao “Financial Times”. “Vamos vencer e consertar a Turquia.”
A candidatura de Kiliçdaroglu, líder do Partido Republicano do Povo (CHP), ganhou impulso ontem com a desistência de Muharrem Ince, que ocupava uma distante terceira posição na corrida presidencial e depois caiu para quarto lugar nesta semana. Ince, que foi o principal adversário de Erdogan na eleição de 2018, disse que abandonaria a disputa pelo bem do país. Ele está sob pressão desde o surgimento de uma suposta fita de sexo no início desta semana. O fundador e líder do partido Memleket (Pátria), de 59 anos, disse ter sido vítima de um “assassinato de caráter”.
Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (11) apontou Kiliçdaroglu na liderança com 49,3% das intenções de voto, em comparação com 43,7% de Erdogan, após fazer uma distribuição dos votos dos eleitores indecisos (veja o gráfico). A pesquisa foi realizada pela Konda Research and Consultancy, que é acompanhada de perto por investidores estrangeiros. Outra pesquisa divulgada nesta quinta-feira (11), da Metropoll, também colocou Kiliçdaroglu à frente, com 49,1% e Erdogan com 44,9%. Ambas as pesquisas sugerem que eleição deve ir para um segundo turno. Projeção da Metropoll aponta uma apertada vitória de Kilicdaroglu no segundo turno, com 51,3%.
Ali Çarkoglu, professor de ciência política na Universidade Koc de Istambul, disse: “[A saída de Ince] tem o potencial de mudar tudo… É provável que muitos de seus apoiadores se juntem à campanha de Kemal Kiliçdaroglu.”
Mas como o nome de Ince ainda estará nas cédulas de votação há uma incerteza sobre até que ponto sua saída mudará a intenção de voto antes de domingo. Muitos analistas dizem que a corrida está muito acirrada e há uma grande chance de um segundo turno sem precedentes em 28 de maio.
Wolfango Piccoli, copresidente da consultoria Teneo, disse que a saída de Ince “pode refletir positivamente nas chances de Kiliçdaroglu… mas não está claro se isso será suficiente para dar os 50% dos votos necessários para vencer”.
O otimismo da oposição, porém, é contido pelo tamanho da tarefa à frente. Erdogan é um operador astuto e implacável, que sempre suplantou os oponentes, tendo materializado várias vitórias eleitorais no Parlamento, na Presidência e em referendos.
Muitos críticos também reconhecem que em uma nação profundamente dividida, entre os que são a favor ou contra Erdogan, ele ainda é indiscutivelmente o político mais popular da Turquia, com uma forte base de apoio entre conservadores religiosos que acreditam ter suas perspectivas atreladas às do presidente.
“Depois de 20 anos, naturalmente ainda temos algumas dúvidas”, diz um membro da equipe de campanha de Kiliçdaroglu.
Por um fio
Não é a primeira vez que institutos de pesquisa e opositores preveem que Erdogan está por perder o poder. Em junho de 2015, o Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP), de raízes islâmicas, perdeu a maioria parlamentar pela primeira vez em 13 anos. Erdogan dobrou a aposta e convocou uma eleição antecipada para novembro daquele ano. O AKP acabou recuperando sua maioria, contrariando as pesquisas que previam um Parlamento dividido.
Três anos depois, a oposição estava confiante em que a inflação de dois dígitos e a desvalorização na lira turca ajudariam a derrubar Erdogan. Ele venceu com 53% dos votos, garantindo-lhe a Presidência executiva que há tanto buscava.
Hoje, as dificuldades econômicas são muito mais profundas. A cotação, que estava em cerca de 4,5 liras por dólar quando os eleitores foram às urnas em 2018, hoje está em mais de 19 liras. Em outubro, a inflação atingiu o maior patamar em 24 anos, com os preços ao consumidor subindo mais de 80%.
A situação foi agravada pelo terremoto que devastou o sul da Turquia em fevereiro e matou mais de 50 mil pessoas, além de desalojar outras 3 milhões. A resposta inicial do governo foi criticada por muitos. Além disso, Erdogan, aos 69 anos, não tem mais a energia de antes. Uma entrevista ao vivo na TV foi brevemente interrompida por um problema estomacal.
“Nenhum presidente entrou numa campanha com tantas limitações e deficiências estruturais”, diz Berk Esen, professor assistente de Ciência Política na Universidade Sabanci de Istambul e membro do CHP. “Além disso, este é basicamente um governo que está no poder há 21 anos, algo sem precedentes na história multipartidária da Turquia, e Erdogan é um autocrata que está envelhecendo. Quando você soma todos esses fatores, estruturalmente falando, ele [deveria] ser derrotado.”
Ele se diz, entretanto, apenas “cautelosamente otimista” quanto à vitória da oposição. Assim como outros analistas, Esen prevê que a disputa presidencial irá para o segundo turno, com nenhum candidato ganhando mais de 50% dos votos. Analistas também projetam um Parlamento dividido, com a possibilidade de que o bloco do AKP consiga a maioria dos assentos — o que mostra como a disputa está acirrada.
“Minha impressão é que tanto a oposição quanto o partido no poder estão confiantes na vitória, e isso não é um bom sinal em um Estado autoritário, porque, sim, os governos autoritários calculam mal, mas também tendem a ter muitos recursos à disposição.” diz Esen.
Analistas e figuras da oposição há muito reclamam que a votação se dá em um campo de jogo desigual. Erdogan usa descaradamente a máquina do Estado para apoiar sua causa, e grande parte da mídia caiu sob o controle do governo e aceita brandamente a narrativa do presidente.
Sua campanha tem sido caracterizada por uma combinação de “presentes” pré-eleitorais — desde gás grátis por um mês a aumentos no salário mínimo e ofertas de até 10 gigabytes de internet gratuita para estudantes — além da inauguração de projetos públicos, como o navio de guerra, uma refinaria de gás e uma usina nuclear construída na Rússia.
Em discursos, Erdogan tem procurado projetar sua experiência e a força do Estado, enquanto acusa Kiliçdaroglu de estar se preparando para “implorar” às instituições de crédito e “tubarões agiotas” ocidentais e para se render ao Fundo Monetário Internacional (FMI), além de ser pró-LGBT e alinhado a “terroristas”.
Os apoiadores de Erdogan, porém, sabem que ele está se empenhando ao máximo. “Não há pânico, mas eles não estão confortáveis”, disse uma fonte com informações sobre a campanha.
Ferhat Pirinççi, analista da Seta, um centro de estudo com ligações próximas com Erdogan e seu governo, diz que a campanha do presidente está “confiante”. Mas “eles acham que precisam trabalhar duro; eles sabem que está por um fio”.
Apesar das críticas à resposta do governo ao terremoto, ele acredita que a necessidade de uma reconstrução em grande escala trabalha a favor de Erdogan e ressalta a experiência e histórico do presidente em obras de infraestrutura.
“Antes do terremoto, o apoio ao governo estava em queda por causa da crise econômica. Depois do terremoto […] todos começaram a perguntar ‘quem pode [nos ajudar] na recuperação’?”, diz. “Quando você verifica as pesquisas, mesmo as pessoas que não votam em Erdogan, dizem [que é] Erdogan. É uma questão de confiança.”
Pirinççi também suspeita que a oposição, sem querer, acabou dando uma vantagem a Erdogan ao escolher Kiliçdaroglu como seu candidato. “Ele era um dos melhores candidatos para Erdogan, porque ele o conhece”, diz. “[Erdogan] é o mestre da política.”
“Um bom servidor público”
Não são apenas os que torcem por Erdogan que questionam o potencial eleitoral de Kiliçdaroglu. Depois de a “mesa dos seis” da oposição ter anunciado em 2022 o pacto para unir-se e ter candidato único, as especulações correram soltas durante meses sobre quem seria o candidato escolhido, o franzino homem de 74 anos ou algum líder mais jovem e carismático do CHP, como Ekrem Imamoglu ou Mansur Yavas, os prefeitos de Istambul e Ancara.
A aliança liderada pelo CHP inclui o partido nacionalista Iyi, liderado por Meral Aksener, e dois partidos menores, liderados por antigos aliados de Erdogan. O terceiro maior grupo político da Turquia, o Partido Democrático do Povo (HDP), dominado pelos curdos, não se juntou à coalizão, mas, de forma crucial, apoia a candidatura de Kiliçdaroglu.
As tensões sobre a questão da liderança vieram à tona em março, quando Aksener retirou o partido Iyi da coalizão dizendo que ela não apoiaria Kiliçdaroglu, dias antes de ele ser nomeado candidato. O partido Iyi retornou à aliança depois de Imamoglu e Yavas serem nomeados vice-presidentes (a coalizão tem sete vice-presidentes).
No entanto, Kiliçdaroglu, ainda tem certo trabalho de convencimento à frente. Ele lidera o CHP, o partido laico de Mustafa Kemal Ataturk, “pai fundador” da Turquia, desde 2010, mas antes não havia confrontado Erdogan diretamente.
Esen diz que havia “melhores opções” como candidato presidencial. Ele descreve Kiliçdaroglu como uma pessoa bem educada e serena — “um bom servidor público que sabe como trabalhar na sala silenciosamente” e que pode ser subestimado.
Bilge Yilmaz, membro sênior do partido Iyi e professor na escola de administração Wharton, apontado como um possível czar da economia caso a oposição vença, é cauteloso ao falar sobre Kiliçdaroglu, dizendo “agora isso é o que é”.
Sua preocupação são os “truques” que Erdogan poderia tentar. “Vai ser difícil”, diz Yilmaz. “Esses líderes ‘autocráticos’ não podem perder, não podem se dar ao luxo de perder […] então, ele se empenhará muito, sem dúvida”.
Partidários de Erdogan insistem em dizer que ele vencerá de forma justa, como candidato mais popular. Mas as preocupações com as irregularidades eleitorais e a independência do Alto Conselho Eleitoral, o principal órgão eleitoral do país, cresceram juntamente com o autoritarismo de Erdogan.
Os analistas normalmente dividem os anos de Erdogan no poder em duas metades. Durante os primeiros dez anos, ele promoveu um desenvolvimento generalizado, realizou inúmeras obras de infraestrutura, melhorou a situação dos religiosos conservadores antes marginalizados por políticos laicos e atraiu investimentos estrangeiros.
A maré começou a mudar, contudo, após os meses de protestos no parque Gezi em 2013, a respeito de um plano de desenvolvimento urbano em Istambul. Erdogan reagiu com uma repressão violenta. A inclinação rumo ao autoritarismo ganhou força após uma tentativa de golpe em 2016, depois da qual ele iniciou uma grande depuração dos serviços de segurança e do funcionalismo público, enquanto decretou um estado de emergência que ainda continuava em vigor quando as eleições foram realizadas dois anos depois.
A eleição de domingo ocorrerá com Selahattin Demirtas, ex-líder do HDP, em seu sétimo ano de prisão por uma acusação de apoiar o terrorismo e com Imamoglu sob o risco de uma possível perda de direitos políticos depois que um tribunal o condenou em dezembro por “insultar” funcionários eleitorais.
Imamoglu atraiu a ira do presidente em 2019, depois de ganhar por pequena margem a prefeitura de Istambul — a cidade onde Erdogan cresceu — para a oposição pela primeira vez em 25 anos. O conselho eleitoral ordenou a realização de uma nova eleição, também vencida por Imamoglu. A oposição vê essa saga como prova de que as autoridades eleitorais cederam a pressões políticas — e um alerta do que poderia estar por vir.
Apesar disso, analistas e funcionários da oposição dizem que, embora não esperem uma eleição justa, acreditam que o processo de votação será relativamente livre e que apenas uma pequena porcentagem dos votos poderia ser manipulada.
Yilmaz, entretanto, se preocupa com a reação de Erdogan se o Parlamento ficar dividido e paralisado e se o presidente for obrigado a disputar um segundo turno, que ocorreria duas semanas após a votação de domingo.
“Haverá certa manipulação com certeza, mas há mais coisas com as quais estou preocupado”, diz Yilmaz. “Em algum momento, ele pode sentir que uma sensação de instabilidade poderia torná-lo um candidato mais forte […] ele poderia [criar] algumas tensões.
Diante da intensificação da campanha em abril, o ministro do Interior, Suleyman Soylu, descreveu a eleição como uma “tentativa de golpe político” ocidental.
Ainda assim, Yilmaz e outros parecem confiantes de que Erdogan aceitaria a derrota, especialmente se Kiliçdaroglu conseguisse uma vitória clara. “Não acho que ele seguirá um caminho destrutivo para ele e para o país”, diz Yilmaz.
“Apesar de tudo, a Turquia tem história e instituições democráticas suficientes para impedir uma tomada de poder”, diz Selçuki, da Istanbul Economics Research. “Em segundo lugar, acho que as instituições de segurança ficarão do lado do vencedor. Destrua o Judiciário, destrua as instituições, mas quando se trata das urnas, não mexa com isso — o povo turco reage sempre”.
Segundo analistas, o resultado de domingo provavelmente será determinado pelos “conservadores inquietos”, que normalmente votam por Erdogan, mas acreditam que ele não está mais correspondendo; por um número de novos eleitores jovens estimado em 5,3 milhões; e pelos curdos, que representam cerca de 18% da população de 85 milhões.
Mesmo se Erdogan perder, poucos se apressarão em selar seu obituário político, especialmente porque haverá dúvidas sobre como a oposição se manterá coesa se confrontada com os enormes desafios diante da Turquia.
A coesão da aliança será colocada à prova por questões que vão desde a divisão dos cargos ministeriais até a forma como os diferentes partidos da coalização lidarão com os direitos dos curdos e os mais de 30 anos de insurgência dos militantes curdos.
Membros da oposição defendem a coalizão, argumentando que levou mais de um ano para ser organizada e que os partidos concordaram em cerca de 2,3 mil tópicos políticos.
“As pessoas terão opiniões diferentes, mas elas assinaram um documento político”, insiste Yilmaz. “Se existe uma coalização estável, é esta aqui.”
Não importa qual for o resultado, diante das perspectivas econômicas instáveis e de uma população dividida politicamente, a Turquia tem um duro caminho pela frente.
“Esta será a situação mais difícil para a república em sua história. Eu chamo este de o século do desastre”, diz Yilmaz. “E com razão”. (Colaborou Funja Güler, em Ancara — Tradução de Sabino Ahumada)
Fonte: FT/ Valor Econômico

