1 Aug 2023 ALINE BRONZATI CORRESPONDENTE NOVA YORK
Depois de melhorar novamente a projeção para o crescimento do Brasil neste ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reconheceu que o avanço da agenda legislativa no País, com o novo arcabouço fiscal e a reforma tributária, enviam um sinal positivo. Apesar disso, o organismo reforça a cobrança de uma consolidação fiscal mais ambiciosa no País, conforme o novo relatório Artigo 4, documento anual do Fundo que avalia a economia de seus países-membros, que foi publicado ontem. A missão do Fundo ao Brasil foi realizada entre os dias 2 e 16 de maio.
Quanto ao crescimento do País, o FMI espera que o Brasil tenha expansão de 2,1% neste ano, acima da sua estimativa anterior e que apontava alta de 1,2%, conforme as novas projeções divulgadas na semana passada. Ainda assim, o ritmo deve desacelerar frente a 2022, quando o País cresceu 2,9%.
INFLAÇÃO. Às vésperas da reunião do Banco Central (BC), o FMI reconheceu a melhora da inflação brasileira e elogiou a resposta proativa da autoridade monetária, que deve ser o segundo a iniciar o processo de relaxamento das taxas, após o Chile. O Fundo espera que a inflação nominal alcance 5,4% até o fim de 2023 e convirja para a meta em meados de 2025, enquanto a inflação básica deve cair mais de forma gradual.
O Fundo alerta ainda sobre os perigos da incerteza fiscal e de uma inflação mais persistente, mas afirma que os riscos mudaram de direção e, agora, são positivos. “Consolidação fiscal mais ambiciosa, a aprovação e implementação da reforma dos impostos indiretos e as oportunidades de crescimento verde trazem riscos positivos”, diz o organismo. •
Fonte: O Estado de S. Paulo

