O economista-chefe do Banco Pine, Cristiano Oliveira, não descarta que o governo faça contingenciamento de recursos no próximo ano e, nesse caso, vê como possível uma elevação da nota de crédito (rating) do Brasil pela agência de classificação de risco S&P Global, cujo rating está “atrás” das demais agências. “Arrisco dizer que [seria] no primeiro semestre”, afirma.
A S&P Global alterou a perspectiva do rating “BB-” do Brasil de “estável” para “positiva” em junho deste ano e, assim, deixou a nota três degraus abaixo do nível de investimento. Em julho, a agência Fitch elevou o rating do Brasil de “BB-” para “BB”, dois degraus abaixo do nível de investimento, e, portanto, em nível semelhante ao da nota “Ba2” atribuída pela Moody’s ao Brasil.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a sinalizar a parlamentares que não faria contingenciamento no ano que vem.
Olhando a correlação entre o comportamento dos Credit Default Swaps (CDS) de cinco anos, uma medida para o risco-país, e os ratings, Oliveira diz que as notas já poderiam estar melhores. “Não teve ‘upgrade’ [elevação da nota] por causa do fiscal”, afirma.
Com uma perspectiva construtiva para o Brasil nos próximos anos, ele diz ainda ver a possibilidade de elevação da nota por parte das outras agências em 2025 e 2026.
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— Foto: Alastair Pike/Bloomberg
Fonte: Valor Econômico

