O Ministério da Fazenda alterou de 5% para 4,9% a estimativa para a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2025. Para o ano que vem, a estimativa ficou em 3,6%.
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, a pasta elevou levemente a estimativa, a 2,5% – ante 2,4% na projeção anterior, de maio. Para 2026, a projeção, sempre de crescimento, foi alterada de 2,5% para 2,4%.
As projeções mais recentes foram apresentadas nesta sexta-feira (11) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério, no Boletim Macrofiscal.
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou que a ameaça dos EUA de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros não está refletida nas projeções da pasta para o Produto Interno Bruto (PIB) e inflação. Contudo, ele ponderou que, em relação ao cenário externo, as incertezas se agravaram.
“Evidentemente, ao longo dessa semana, essas incertezas se agravarão ainda mais. Os Estados Unidos tem anunciado não só para o Brasil, mas para uma série de países as tarifas. Então, o nível de incerteza permanece muito elevado”, disse.
Outros índices
Segundo o Boletim Macrofiscal, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deve ficar em 4,7% neste ano (projeção anterior de 4,9%). No ano que vem, deve ficar em 3,3% (em maio, a estimativa era de 3,5%).
Por sua vez, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getulio Vargas (FGV), deve fechar este ano em 4,6% (eram 5,6% em maio). No ano que vem, deve ficar em 5% (contra 4,9% do boletim anterior).
Fonte: Valor Econômico

