Por Nikkei Asia, Valor — Xangai
07/08/2023 02h52 Atualizado há 10 horas
As exportações médicas da China caíram 26,1% em relação ao ano anterior no primeiro semestre de 2023, prejudicadas pela demanda mais fraca em um contexto de lenta recuperação econômica global e alta base de comparação.
Nos primeiros seis meses deste ano, a China exportou US$ 52 bilhões em remédios e equipamentos médicos, de acordo com dados compilados pela Câmara de Comércio da China para Importação e Exportação de Medicamentos e Produtos de Saúde, um grupo empresarial apoiado pelo Estado.
As exportações de medicamentos ocidentais caíram 23,4% ano a ano no período, enquanto as remessas de medicamentos tradicionais chineses cresceram 3,6%, embora seu valor represente menos de 6% do total de exportações médicas, mostram os dados. As remessas de equipamentos médicos, categoria que inclui dispositivos como marca-passos e suprimentos como máscaras cirúrgicas, caíram 31,5%.
“A diminuição da demanda externa ainda está afetando diretamente as exportações médicas da China”, disse a câmara em uma análise que aponta, entre outros fatores, para uma queda nas exportações de suprimentos referentes à covid-19, como vacinas e reagentes para testes.
A câmara espera que as exportações médicas da China continuem a cair na segunda metade do ano, embora a taxa de declínio deva diminuir. Ele prevê que o valor total das exportações médicas chinesas para o ano inteiro cairá 15% em relação a 2022, à medida que o setor recua de uma alta induzida pela pandemia.
Em termos de destinos, as exportações médicas da China para os principais mercados, incluindo a União Europeia e os Estados Unidos, caíram ano a ano em valor no primeiro semestre de 2023, mas as exportações para a Rússia cresceram 8,6%, impulsionadas por um aumento nos embarques de equipamento médico.
Ainda assim, o vizinho do norte da China não é um grande comprador das exportações médicas chinesas – no primeiro semestre, representava menos de 3% do total em valor.
Fonte: Valor Econômico