O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, têm pressionado a China a usar sua influência sobre o Irã para conter os ataques a dos houthis — grupo militante apoiado por Teerã — a navios no Mar Vermelho, durante uma reunião não oficial com o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi.
Uma autoridade sênior dos EUA afirmou que Sullivan abordou a questão com Wang durante dois dias de discussões em Bangcoc, Tailândia. Ela disse que a China possui “influência substancial” sobre o Irã e que Pequim afirmou ter abordado a questão com Teerã. Mas afirmou que os EUA estão tentando verificar se Pequim abordou a questão e se seus esforços serão eficazes. “Estamos observando… os fatos, e esses ataques parecem estar continuando”, disse.
A Casa Branca informou que os EUA e a China discutirão o combate às drogas em Pequim nesta semana, após a reunião entre Sullivan e Wang em Bangcoc, na mais recente tentativa entre as duas potências de estabilizar as relações.
Sullivan e Wang elogiaram o progresso nos esforços para combater o tráfico de drogas, com os dois lados se preparanado para a primeira reunião de um grupo de trabalho estabelecido quando o presidente Joe Biden se reuniu com o líder chinês, Xi Jinping, em São Francisco, em novembro.
A Casa Branca afirmou que a reunião faz parte do esforço para manter linhas de comunicação abertas e gerenciar de forma responsável a competição, conforme acordado por Biden e Xi. A autoridade disse ainda que os EUA esperam que Biden e Xi realizem uma ligação em algum momento nos próximos meses.
Ela disse que ambos os lados elogiaram os esforços recentes para estabilizar as relações, incluindo a retomada das negociações entre os militares dos EUA e da China, interrompida pela China em 2022, depois que a então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, visitou Taiwan.
A Casa Branca disse que também tiveram “discussões francas, substanciais e construtivas” sobre questões que incluem a guerra da Rússia contra a Ucrânia, o Oriente Médio, a Coreia do Norte e o Mar do Sul da China. Eles também estabeleceram um diálogo bilateral sobre inteligência artificial que começará no segundo trimestre.
Fonte: Valor Econômico

