Por Natália Flach, Valor — São Paulo
27/06/2024 15h59 · Atualizado há 18 horas
Pela primeira vez na história, três tecnologias vão impulsionar ao mesmo tempo a economia a um superciclo de crescimento que deve perdurar por décadas. Inteligência artificial (IA), sensores e biotecnologia são as forças por trás desse movimento – que um dia já foi conduzido pelo motor a vapor e culminou na revolução industrial.
A previsão é da fundadora e CEO do Instituto Future Today, Amy Webb, que subiu ao palco do evento FebrabanTech, nesta quinta-feira (28), antes mesmo de ser
O problema, segundo Webb, é que quase todos que trabalham no setor têm visto as três inovações como coisas separadas, e não sobrepostas. “Daí não enxergam o potencial que elas têm de, juntas, criar um ciclo de enorme produtividade”, afirmou para a plateia lotada no Transamérica Expo Center, em São Paulo.
“O que podemos esperar é uma explosão da demanda e alta vertiginosa dos preços dos materiais no curto prazo. Já no longo prazo o que deve acontecer é a criação de valores, capazes de reformatar a sociedade, e de novos desenhos de crescimento econômico.”
No dia a dia, isso implica em diversas transformações. Se hoje, as tecnologias vestíveis têm capacidades limitadas de dados, no futuro, sensores vão incorporar e interpretar informações em tempo real. Também deve haver uma evolução nos softwares, que serão escritos inclusive por IA.
“90% dos softwares que vamos usar nos próximos cinco anos ainda não foram escritos e poderão ser escritos por qualquer pessoa”, afirma.
Mas qual é a posição do Brasil nesse novo contexto? Segundo Webb, o país está na vanguarda ao lado de outras economias desenvolvidas, e uma das provas disso é o aumento do número de pedidos de patentes nos últimos anos.
Ainda assim, isso sozinho não garantirá liderança. “Vejo que muitos executivos de áreas criativas fazem transformações por medo de ficar de fora, mas as indústrias não estão se preparando para a IA.”
Fonte: Valor Econômico

