SPFC vendeu o nome do estádio para a Mondelez Brasil por R$ 75 milhões
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O tradicional estádio do Morumbi, em São Paulo, tem um novo nome desde janeiro de 2024, quando o São Paulo Futebol Clube (SPFC), proprietário do espaço, vendeu os naming rights da arena para a Mondelez Brasil, dona da marca de chocolate Bis. O estádio, que oficialmente se chamava Cícero Pompeu de Toledo, ficou conhecido como MorumBis.
O acordo é de três anos, com um aporte total de R$ 75 milhões ao SPFC pela fabricante do chocolate.
Naming rights significa “direito de nome”, em tradução literal, o que quer dizer que quem possui esse direito tem a concessão legal para nomear um evento ou local específico. Na prática, isso significa que a Mondelez tem o direito de nomear o estádio do Morumbi como ela quiser.
No caso, ela optou por fazer um jogo de sílabas para juntar o nome já conhecido da arena com a marca Bis. A fabricante de chocolates também pretende realizar diversas ações de marketing dentro e fora do estádio.
A venda do nome veio em boa hora para o SPFC, que passava por situações financeiras complicadas nos últimos anos. Ao fim de 2022, de acordo com o mais recente balanço publicado no site do clube, a dívida estava na casa dos R$ 700 milhões. Já no terceiro trimestre de 2023, ainda segundo o balanço, o déficit chegava a R$ 97 milhões no ano.
Tendência no esporte
Esse tipo de acordo não é novidade no mundo do futebol brasileiro. Palmeiras e Corinthians também possuem contratos similares com a seguradora Allianz e a HyperaCotação de Hypera Pharma, respectivamente. Os dois times paulistanos recebem cerca de R$ 15 milhões por ano cada pelo naming rights dos seus estádios, Allianz Parque e Neo Química Arena, e os seus contratos possuem duração de 20 anos.
O Mercado Livre também dá o seu nome para o estádio Pacaembu – que passou a ser chamado Mercado Livre Arena Pacaembu –, após fechar um acordo com o consórcio Allegra Pacaembu, liderado pela construtora Progen, que assinou a concessão do Pacaembu com a Prefeitura de São Paulo, em setembro de 2019. A plataforma de vendas on-line não revelou o valor exato da negociação, mas disse que o investimento passa de R$ 1 bilhão e o acordo seria válido por até 30 anos.
Mudança de nome em estações de metrô
O metrô de São Paulo também está vendendo os name rights de algumas as suas estações, como uma forma de arrecadar mais dinheiro. A companhia afirma que essas parcerias ajudam na modernização da comunicação com os usuários, além de financiar melhorias nas linhas.
A estação Paulista, por exemplo, passou a ser chamada Paulista PernambucanasCotação de Pernambucanas após a venda do direito de nome para a varejista, que possui uma unidade ao lado saída do metrô.
Já as estações Saúde, Penha e Carrão ganharam como segundo nome as marcas Ultrafarma, Lojas Besni e Assaí AtacadistaCotação de Assaí Atacadista, respectivamente.
Fonte: Valor Econômico