A União Europeia chegou a um consenso nessa quinta-feira (14) para que Ucrânia e Moldávia iniciem o processo a fim de se tornarem membros do bloco. Movimento ocorre após mais de um ano de negociações aceleradas com o início da invasão pela Rússia do território ucraniano.
A decisão foi tomada durante a cúpula de líderes da UE, que acontece em Bruxelas nesta semana, e confirmada pelo presidente da Comissão Europeia, Charles Michel, que classificou a aprovação como uma “vitória que motiva, inspira e fortalece”, disse o dirigente europeu no X (Twitter).
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, elogiou a decisão, dizendo que é um momento histórico para a UE. “A história é feita por quem não se cansa de lutar pela liberdade”, escreveu o líder ucraniano, no X (Twitter).
O início das negociações para se tornar membro da UE precisa ser aprovado de maneira unânime entre os países-membros, e o presidente da Hungria, Viktor Orbán, era o principal obstáculo ucraniano, alegando que a entrada do país no bloco iria contra os interesses húngaros. Ao final da votação, Orbán foi o único líder europeu a se abster na votação, abrindo caminho para que Ucrânia e Moldávia iniciem as negociações com a UE.
O processo para se tornar membro pleno da UE deve durar mais alguns anos, porém o avanço obtido nessa quinta-feira por Ucrânia e Moldávia é significativo – especialmente para Kiev, que ainda enfrenta uma guerra contra a Rússia e precisa de apoio ocidental contínuo para financiar o Estado em um momento de economia de guerra.
Além do início das negociações com Ucrânia e Moldávia, a UE aprovou hoje também o status de candidato para entrar no bloco para a Georgia e concordou em iniciar negociações com a Bósnia e Herzegovina assim que o país atender os critérios necessários para se tornar membro.
Fonte: Valor Econômico

