O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, ressaltou nesta quarta-feira (21) que a questão fiscal é “o grande tema do Brasil. Segundo ele, o país está entrando em uma fase em que o processo de trajetória da dívida pública, depois do arcabouço fiscal, tende a se estabilizar e que, em algum momento, será preciso discutir “como fazer a convergência da dívida”.
Em participação no evento da Frente Parlamentar Mista para a Criação de Estímulos Econômicos para a Preservação Ambiental, em Brasília, Campos afirmou ainda que os juros de longo prazo começaram a cair até antes da taxa Selic. Ele ressaltou que o Brasil sempre teve taxas de juros reais mais altas, mas que atualmente estão menos altas do que no passado em comparação com outros países. “Está abaixo do México, por exemplo”.
De acordo com Campos, a taxa real no Brasil está mais perto da taxa de equilíbrio, o patamar que não estimula nem freia a economia, do que outros emergentes. O presidente do BC ainda comentou sobre o crescimento da atividade econômica.
Ele disse ainda que economistas têm errado com consistência as projeções e a pergunta seria por que o crescimento tem surpreendido para cima. Segundo ele, há fatores estruturais e conjunturais e que também é possível afirmar que há um efeito cumulativo das reformas “que tem ajudado no crescimento”.
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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Fonte: Valor Econômico

