Por Pedro Borg, Valor — São Paulo
19/09/2023 09h41 Atualizado há um dia
A economia global deve registrar crescimento de 3% em 2023 e de 2,7% em 2024, segundo projeção da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em relatório divulgado nesta terça-feira. Segundo a entidade, a força da economia americana está impedindo uma desaceleração maior da economia global, que está sendo fortemente afetada por problemas na economia da China.
Embora as previsões divulgadas nesta terça-feira apresentem uma melhora em relação às projeções divulgadas em junho, que era de crescimento de 2,7%, ela traz uma redução nas expectativas de expansão da economia global para 2024, que em junho era de 2,9%.
“A inflação pode continuar mais persistente do que o previsto, sendo ainda possível novas perturbações nos mercados energéticos e alimentares”, disse a OCDE em relatório.
A OCDE também atualizou as perspectivas de crescimento para os EUA, e agora prevê crescimento de 2,2% em 2023, ante 1,6% da previsão de julho.
A melhoria das perspectivas dos EUA para este ano ajudou a compensar a fraqueza das economias da China e da zona euro, que vem sendo puxada para baixo pela Alemanha – a única grande economia que a OCDE projeta que irá entrar em recessão.
A OCDE prevê que a economia chinesa irá desacelerar 5,1% neste ano para 4,6% no próximo ano. Em junho, a OCDE previa um crescimento de 5,4% em 2023 e de 5,1% em 2024.
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“Um novo abrandamento da [economia] da China prejudicaria o crescimento dos parceiros comerciais em todo o mundo e poderia reduzir a confiança empresarial”, disse a OCDE no relatório.
A OCDE também reduziu as perspectivas de crescimento da zona euro neste ano para apenas 0,6%, ante 0,9% em junho, mas prevê que subirá no próximo ano para 1,1% – abaixo dos 1,5% em junho – à medida que a Alemanha volte a crescer.
Embora as perspectivas de crescimento para o próximo ano sejam, na sua maioria, fracas, a OCDE disse que os bancos centrais deveriam manter as taxas de juro elevadas até que haja sinais claros de que as pressões inflacionistas estão arrefecendo.
Fonte: Valor Econômico

