As farmácias costumam oferecer descontos aos clientes que fornecem o número dos seus CPFs. Eles são reais? Confira!
Uma das práticas mais comuns entre as farmácias é o fornecimento do número do CPF do cliente para ganhar desconto na compra de medicamentos. Porém, com os preços inflacionados dos remédios, essa conduta acaba sendo enganosa.
Isso porque as farmácias simulam um preço para que o consumidor acredite que está conseguindo uma grande redução. Além disso, impulsiona a coleta de dados para direcionar propagandas. Entenda a situação a seguir.
Farmácias inflacionam preço dos remédios
Segundo uma reportagem do portal UOL, as farmácias utilizam a tabela de preços da Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos). O órgão é ligado à Anvisa e a sua intenção inicial era diminuir o valor dos medicamentos.
Porém, hoje em dia, a tabela da Cmed está acima do que é realmente a prática do mercado. A reportagem traz o exemplo da losartana, medicamento que custa R$ 93,47 na Cmed, mas órgãos públicos o compraram por apenas R$ 4, no ano de 2022.
Com isso, as drogarias conseguem inflacionar os preços e cobrar um valor muito maior do que o verdadeiro. Ainda, coletam dados do CPF dos clientes para oferecer os descontos e usam essa informação para outros fins.
Exigência de CPF coage o cliente
De acordo com Marcus Pujol, diretor de pesquisas do Procon-SP, ao portal UOL, a farmácia aumenta os preços para coletar o CPF dos consumidores. Assim, não conseguem comprar o medicamento por um valor mais baixo de outra forma.
Um exemplo da reportagem é que a rede RaiaDrogasil, gerou um banco de dados de 48 milhões de pessoas. Ainda, monetizaram com essas informações ao oferecer propagandas para esses clientes.
Logo, esse é um tema que poderiam ter uma regulamentação quanto à exigência do CPF para conseguir descontos. Nesse cenário, não há fiscalização por parte do Estado e o consumidor fica de mãos atadas quanto a essa questão.
Fonte: Seu credito digital