A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) causa lesão progressiva da mácula – a área central e mais vital da retina -, levando à perda gradual da visão central.
A visão central fica debilitada, perdendo detalhes, inclusive com percepção esmaecida das cores; linhas retas podem parecer onduladas. Esse tipo de degeneração atinge homens e mulheres, sendo mais comum em pessoas brancas, com perda irreversível da visão central em adultos mais velhos.
De acordo com o relatório “Blindness and vision impairment” [Cegueira e comprometimento da visão] da Organização Mundial da Saúde, a estimativa era de que 8 milhões de pessoas apresentavam deficiência visual associada à DMRI globalmente em 2021. Esse número poderá alcançar 21,34 milhões de pessoas até 2050 (9,02 milhões de homens e 12,32 milhões de mulheres), segundo estudo publicado pela revista científica “The Lancet Global Health”, em julho de 2025.
Os principais fatores de risco para a DMRI são idade, histórico familiar, tabagismo, anormalidades genéticas, doença cardiovascular, hipertensão arterial, obesidade, exposição ao sol e dieta pobre em ácidos graxos ômega 3 e verduras de folhas verdes escuras.
A retina é a estrutura transparente, sensível à luz localizada na parte posterior do olho. A parte central da retina (a mácula) contém alta densidade de células fotorreceptoras. Essas células reproduzem as imagens visuais mais nítidas e são responsáveis pela visão central e a visão em cores, segundo artigo da médica Sonia Mehta, no site Manual MSD e Conhecimento Médico Global. Mehta atua em hospitais dos EUA e na Thomas Jefferson University.
Há dois tipos de DMRI, seca e úmida. A DMRI seca faz com que os tecidos da mácula fiquem mais finos à medida que as células se atrofiam. Pode atingir os dois olhos simultaneamente.
A DMRI úmida surge quando vasos sanguíneos anormais se desenvolvem na frente da coroide (a camada de vasos sanguíneos entre a retina e a camada branca externa do olho – a esclera) sob a mácula, vazando sangue e fluidos. Pode começar em um olho e afetar o outro.
Até 2024, não havia tratamento para reverter o dano causado pelo tipo seco. Mas há procedimentos para mitigar a doença. Já na DMRI úmida há uma série de tratamentos.
Conforme o Valor publicou em julho, a Roche informou que conseguiu a aprovação da molécula faricimabe, que deverá ser usada em futuros tratamentos relacionados a doenças da retina, como a DMRI.
Fonte: Valor Econômico