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Duas pesquisas divulgadas na quinta-feira (12), pelo Datafolha e Ipsos-Ipec, indicam a dificuldade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reverter a crise de popularidade. Segundo o Datafolha, o governo Lula é visto como ruim ou péssimo por 40% e ótimo ou bom por 28%. Na Ipsos-Ipec, a gestão tem avaliação negativa de 43% e positiva de 25%.
Em ambas, a percepção negativa oscilou para cima e a avaliação positiva caiu, dentro da margem de erro dos levantamentos.
O Datafolha mostra um freio na recuperação do governo. Em fevereiro, depois da crise do Pix, com a disseminação de notícias falsas sobre uma suposta taxação, a avaliação negativa, de ruim ou péssimo, era de 41%. Em abril, caiu para 38% e agora oscilou para 40%. Nesse período, a percepção positiva, de ótimo ou bom, foi de 24% para 29% em abril e passou a 28% nesta rodada. Para 31%, a gestão é regular (nas duas anteriores, eram 32%).
A oscilação negativa da popularidade do governo coincide com a investigação de fraudes no INSS, que revelou um esquema de descontos ilegais em aposentadorias.
A pesquisa registra ainda que a desaprovação do trabalho do presidente oscilou de 49% para 50% e a aprovação, de 48% para 46%.
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O Datafolha ouviu 2.004 eleitores em 136 municípios na terça (10) e quarta-feira (11). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O levantamento da Ipsos-Ipec mostra um cenário semelhante ao do Datafolha e registra o pior resultado obtido por Lula em seus três mandatos.
A avaliação negativa passou dos 41% registrados em março para 43%. A positiva foi de 27% para 25%, e aqueles que consideram a gestão regular oscilaram de 30% para 29%.
O percentual de avaliação negativa vem aumentando desde dezembro de 2023. Nos meses finais de 2024, o ruim ou péssimo aproximou-se do ótimo ou bom, anulando a vantagem positiva que Lula manteve até setembro de 2024.
A aprovação e desaprovação à maneira como Lula administra o país ficou estável. A desaprovação repetiu os 55% verificados em março. A aprovação oscilou de 40% para 39% – menor percentual registrado na série histórica sobre o terceiro mandato de Lula. Não sabem ou não responderam 6%, ante 4%.
A diretora da Ipsos-Ipec, Márcia Cavallari, destacou no relatório da pesquisa que “desde o início do terceiro mandato do presidente Lula, há uma queda de 18 pontos percentuais na aprovação à forma como ele está governando”.
Dos entrevistados, 58% dizem não confiar em Lula, mesmo percentual da rodada anterior, e 37% afirmaram confiar, uma queda em relação aos 40% de março. Os que preferem não opinar representavam 2% em março e agora são 4%.
Desde dezembro, quando 50% disseram não confiar no presidente, esse percentual tem aumentado. “A confiança é uma das métricas mais importantes da pirâmide reputacional de uma pessoa ou de uma empresa e a do presidente Lula está negativa desde dezembro de 2023, bem antes da avaliação e da aprovação do seu governo ficarem negativas”, afirmou Cavallari.
A percepção sobre o governo tem piorado desde setembro de 2023. Naquele mês, 31% achavam que o governo estava pior que o esperado. Em dezembro de 2024 esse percentual saltou para 41%, foi para 51% em março e agora está em 50%. Apenas 20% avaliam que é melhor que o esperado. Foram entrevistadas 2.000 pessoas em 132 municípios entre os dias 5 e 9.
Fonte: Valor Econômico

