Por Dow Jones — Pequim
14/06/2023 23h40 Atualizado há uma hora
O consumo e a produção industrial da China esfriaram em maio, mostrando que a recuperação econômica do país está perdendo força, segundo dados oficiais divulgados na quinta-feira em Pequim.
As vendas no varejo da China, aumentaram 12,7% em relação ao ano anterior em maio, ante um aumento de 18,4% em abril, informou o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês). O resultado ficou abaixo do crescimento de 13,1% esperado por economistas consultados pelo The Wall Street Journal.
Na comparação mensal, as vendas no varejo subiram 0,42% em maio ante abril.
O NBS também divulgou que a produção industrial aumentou 3,5% em maio em relação ao ano anterior, abaixo do aumento de 5,6% em abril e no mesmo nível do crescimento de 3,5% esperado pelos economistas pesquisados.
A produção industrial da China aumentou 0,63% em maio em relação ao mês anterior, informou o NBS.
Já o investimento em ativos fixos não rurais, importante indicador de atividade da construção civil, aumentou 4,0% no período de janeiro a maio.
O dado veio mais fraco que o aumento de 4,7% nos primeiros quatro meses do ano e mais lento do que o crescimento de 4,4% previsto pelos economistas.
A taxa de desemprego urbano da China permaneceu em 5,2% em maio, a mesma de abril. No entanto, a taxa de desemprego juvenil, que abrange os trabalhadores dos 16 aos 24 anos, situou-se em 20,8% em maio, um recorde.
Vendas de casas
As vendas de residências na China continuaram a subir no período de janeiro a maio, enquanto a construção e o investimento imobiliário caíram a um ritmo mais rápido, à medida que os desenvolvedores sofrem para se recuperar, mostraram dados do NBS divulgados na quinta-feira em Pequim.
As vendas de casas em valor aumentaram 11,9% de janeiro a maio em relação ao mesmo período do ano anterior, um pouco acima do aumento de 11,8% nos primeiros quatro meses, informou o NBS.
O investimento imobiliário caiu 7,2% nos primeiros cinco meses, piorando em relação ao declínio de 6,2% no período de janeiro a abril.
O início de novas construções caiu 22,6% no período de janeiro a maio, em comparação com um declínio de 21,2% registrado no período de janeiro a abril.
Fonte: Valor Econômico

