O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (30) que o “Congresso Nacional está empenhado em ajudar o país a equilibrar as suas contas”. Por isso, reafirmou que está confiante que serão aprovadas, ainda neste ano, as medidas que tramitam na Câmara dos Deputados e no Senado e que têm o objetivo de equilibrar as contas públicas do governo federal em 2024. Caso essas medidas não sejam aprovadas, há outras no radar que poderão ser implantadas, de acordo com ele.
“Vamos trabalhar até o último dia para tudo isso ser aprovado”, afirmou o ministro em entrevista coletiva no hotel em que está hospedado em Doha, no Catar. Nesta quinta, o ministro tem dois compromissos na cidade: às 9h, participará do Fórum Econômico Brasil-Catar e, às 12h, de almoço oferecido pelo emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani.
Na entrevista, Haddad destacou a aprovação ontem, pelo Senado, da taxação de offshores e fundos exclusivos; a instalação, também ontem, da comissão mista que tratará medida provisória (MP) das Subvenções; a taxação das plataformas de apostas on-line, que “deve ser votada na semana que vem” pelo Senado; as mudanças nos Juros sobre Capital Próprio (JCP), um assunto que também “está em discussão se vai ser votado neste ano”.
O ministro afirmou que tem apoio dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na empreitada. Também relatou que bem conversando pessoalmente todos os dias com Pacheco durante a missão pelo Oriente Médio e por telefone com Lira.
“Isso (busca pelo equilíbrio fiscal) em proveito de uma economia mais estável, uma taxa de juros mais baixa, mais investimentos estrangeiros”, afirmou Haddad. “Estamos aí gerando emprego, melhorando o PIB (Produto Interno Bruto), diminuindo a inflação. Tudo isso está acontecendo. Isso vai parar de acontecer se deixarmos de tomar as medidas necessárias. Nós não vamos parar enquanto não chegarmos no resultado final.”
Ele também reforçou que, “se não der para acontecer (equilibrar as contas públicas com as medidas já propostas), vamos tomar outras medidas”.
“Não podemos parar. Temos que perseguir essa meta obstinadamente, porque o Brasil pode ser o país com melhores condições de investimento sustentável no mundo”, disse.
Por fim, o ministro disse que “já está muito adiantada” a negociação para que a Arábia Saudita invista, por meio de um fundo, US$ 10 bilhões no Brasil.
“Isso vai melhorar a logística, a produtividade da economia brasileira, gerar empregos”, afirmou.
No caso de investimentos semelhantes do Catar, ambas as partes estão “começando uma negociação” que poderá ser concluída até o fim da missão brasileira na região, de acordo com ele.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad — Foto: Andressa Anholete/Bloomberg
Fonte: Valor Econômico

