A inadimplência média das operações de crédito subiu 0,1 ponto percentual, de 3,8% em julho para 3,9% em agosto. Os dados foram divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira.
Os dados estão sob influência da mudança contábil que passou a valer no início deste ano, que mudou a forma como as instituições financeiras contabilizam as provisões contra devedores.
A taxa para as empresas subiu para 2,6% em agosto vinda de 2,5% em julho. No mesmo período, a inadimplência das famílias subiu de 4,5% para 4,8%, o maior patamar desde 2013.
No crédito com recursos livres, a inadimplência subiu de 5,2% para 5,4%. Nos recursos direcionados, a taxa subiu de 1,8% para 2% entre julho e agosto.
A taxa de juros do cartão de crédito rotativo variou de 446,2% ao ano em julho para 451,5% em agosto. O rotativo é a linha de crédito pré-aprovada no cartão e inclui também saques feitos na função crédito do meio de pagamento. No caso de inadimplência do cliente, o banco deverá parcelar o saldo devedor ou oferecer outra forma para quitar a dívida em condições mais vantajosas dentro de 30 dias.
Além disso, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), os juros de novas operações no rotativo e no parcelado realizadas a partir de 3 de janeiro de 2024 não poderão superar 100% do valor original da dívida.
Já a taxa do parcelado do cartão caiu de 183,4% para 180,7%. Assim, a taxa de juros total do cartão de crédito variou de 88,7% para 90,7% em agosto.
No cheque especial, a taxa média de juros cobrada foi de 137,9%, vinda de 138,2% em julho.
Fonte: Valor Econômico

