O Tiger Cub Philippe Laffont tem expressado otimismo em relação às empresas de tecnologia — e agora está colocando esse otimismo em prática.
A divisão de venture capital da Coatue Management ampliou seus investimentos privados no segundo trimestre, realizando ao menos 12 novos acordos até 27 de junho, segundo o Crunchbase. Esse número representa o dobro dos seis investimentos realizados no primeiro trimestre e configura o segundo maior total trimestral da gestora em dois anos e meio.
Naturalmente, esse número ainda é uma fração das operações feitas durante os períodos mais ativos da Coatue — 2021 e 2022 — quando foram fechados 170 e 70 novos investimentos privados, respectivamente. No entanto, a atividade de 2025 sinaliza um aumento do interesse pelos mercados privados por parte da gestora de hedge fund, que possui uma estrutura independente e robusta dedicada ao venture capital.
Em uma recente aparição no Economic Club de Nova York, Laffont declarou:
“Neste ano, sinto que é mais o ano dos investimentos privados”, segundo o Wall Street Journal.
No início de maio, o Journal já havia reportado que a Coatue está lançando um novo fundo híbrido de hedge, voltado para investimentos em empresas de tecnologia de alto crescimento, tanto listadas quanto privadas. O fundo alocará de 20% a 50% de seus ativos em companhias privadas. No encerramento de 2024, a Coatue já destinava US$ 22,9 bilhões exclusivamente para investimentos venture em estágios iniciais e de crescimento, conforme apresentação interna obtida pelo Journal.
Na semana passada, por exemplo, a Coatue e a Kleiner Perkins lideraram uma rodada Série E de US$ 300 milhões na Harvey, empresa que desenvolve soluções de IA para automatizar o processamento de grandes volumes de contratos em escritórios de advocacia, segundo comunicado à imprensa. A rodada avaliou a Harvey em US$ 5 bilhões. Também participaram da rodada: Sequoia Capital, GV Management, DST Global, Conviction, Elad Gil, OpenAI Startup Fund, SV Angel, Kris Fredrickson e REV (braço de venture capital do grupo RELX, dono da LexisNexis).
Na mesma semana, a Coatue e a Tiger Global Management participaram de uma rodada Série B de US$ 23,4 milhões na Enter, uma plataforma com sede em Berlim voltada para eficiência energética no setor imobiliário. Ambas as gestoras já haviam investido anteriormente na empresa.
Essa aceleração das atividades da Coatue nos mercados privados de tecnologia contrasta com o comportamento de outras gestoras de hedge funds que, apesar de já terem atuado em venture capital — seja via seus fundos principais ou braços dedicados —, atualmente realizam poucos investimentos ou se mantêm fora do mercado, segundo análise da base de dados do Crunchbase.
O exemplo mais notável é a própria Tiger Global Management, anteriormente líder em investimentos privados ligados à tecnologia. A gestora liderada por Chase Coleman realizou apenas cinco novos investimentos no segundo trimestre até 27 de junho — incluindo a Enter —, comparado a 15 no primeiro trimestre. Em anos anteriores, os números eram muito mais robustos: 289 novos investimentos em 2022 e 345 em 2021.
Outras gestoras também apresentaram baixa atividade em VC no segundo trimestre:
- Two Sigma Ventures realizou apenas dois novos investimentos privados, ante um no primeiro trimestre. Em 2023, havia feito 13.
- D1 Capital Partners fez um novo investimento, contra dois no trimestre anterior; havia feito 20 em 2022 e 76 em 2023.
- Lone Pine Capital e Third Point Ventures realizaram um investimento cada no segundo trimestre, após não operarem no primeiro.
A maioria das demais firmas conhecidas por sua atuação em venture capital não fez nenhum novo investimento no último trimestre. Isso inclui:
- Whale Rock Capital Management, que não realiza um investimento em VC desde o primeiro trimestre de 2022.
- Maverick Capital, que realizou apenas um investimento no primeiro trimestre.
- Light Street Capital e Valiant Capital Partners, ambas inativas no trimestre.
A Coatue, portanto, se destaca no cenário atual como uma das poucas gestoras de hedge funds que seguem ativamente expandindo presença nos mercados privados de tecnologia, num ambiente em que muitos pares adotam uma postura mais cautelosa ou até mesmo inativa.
Fonte: Institutional Investor
Traduzido via ChatGPT
