Por Agências internacionais
08/11/2022 16h50 Atualizado
O aumento de casos de covid-19 na cidade portuária de Guangzhou, na China, provocou o fechamento de armazéns e pátios de contêineres da cidade como parte da estratégia de covid zero. A política de enfrentamento da pandemia adotado por Pequim prevê o fechamento de bairros e até de cidades inteiras caso seja detectado um aumento no número de casos.
A cidade portuária enfrenta “a condição mais complicada e perigosa” de controle do vírus desde o início da pandemia há três anos, segundo as autoridades locais, com mais de 1.000 novos casos nos últimos três dias. O fechamento de grandes centros de exportação chineses, como Guangzhou, força os navios a procurar outros portos, causando congestionamento e atrasos nas entregas para importadores na Europa e nos EUA.
Guangzhou impôs restrições a partes da cidade com o maior número de casos e colocou mais de 30 mil pessoas em quarentena. Testes diários em massa também são necessários para aqueles que visitaram áreas de alto risco.
Em toda a China, novos casos de transmissão comunitária subiram para 7.475 na segunda-feira, segundo a autoridade de saúde da China, ante 5.496 no dia anterior. Trata-se do maior número de novos casos desde 1 de maio e Guangzhou foi responsável por quase um terço das infecções.
Trata-se de um aumento modesto pelos padrões globais, mas significativo para a China, que mantém uma política de tolerância zero para a covid. Cidades economicamente vitais, incluindo a capital Pequim, estão exigindo mais testes aos moradores e fechando bairros e até distritos em alguns casos.
Esse novo surto esfria as esperanças de flexibilização da rígida política de restrições no curto prazo. Com os novos lockdowns economistas privados já veem mais desaceleração no crescimento neste quarto trimestre.
Fonte: Valor Econômico

