A China programou dois dias de exercícios militares em grande escala ao redor de Taiwan como “punição” pelo o que chamou de “atos separatistas”. Movimento ocorre dois dias após a ilha dar posse a um novo presidente eleito democraticamente, e que pediu quea Pequim pare com suas táticas de intimidação.
Segundo a emissora estatal chinesa “CCTV”, dezenas de jatos de combate do exército carregando mísseis realizaram simulações de ataques contra “alvos militares de alto valor” do “inimigo”, ao lado das forças navais e de foguetes operando no Estreito de Taiwan.
Em resposta, Taiwan acusou a China de “provocação irracional e perturbação da paz e estabilidade regional”. O Ministério da Defesa disse, nessa quinta-feira (23), que as forças terrestres, aéreas e marítimas foram colocadas em alerta, a segurança das bases foi reforçada e as forças de defesa aérea e de mísseis foram ordenadas a monitorar possíveis alvos.
Os exercícios, que começaram na madrugada, são a primeira resposta substancial da China à posse de Lai Ching-te como o novo presidente de Taiwan, no início da semana, após vencer a eleição democrática em janeiro. Tanto Lai quanto sua predecessora, Tsai Ing-wen, são do Partido Progressista Democrático (DPP, na sigla em inglês) pró-soberania, que Pequim considera separatista.
O Partido Comunista Chinês, que governa a China, afirma que Taiwan faz parte de seu território, apesar de nunca tê-la controlado, e prometeu tomar a ilha pela força, se necessário. O governo e o povo de Taiwan rejeitam esmagadoramente a perspectiva de comando chinês, e os líderes da ilha prometeram aumentar as medidas de dissuasão e reforçar as defesas, ao mesmo tempo em que tentam cessar as ameaças da China e voltar ao diálogo.
Fonte: Valor Econômico

