Companhia lançou um medicamento para tratar adultos com cardiomiopatia hipertrófica (CMH) obstrutiva, o Camzyos, e se posicionou para disputar um mercado que movimentou cerca de R$ 11,6 bilhões em 12 meses até maio
Por Stella Fontes, Valor — São Paulo
23/06/2023 11h55 Atualizado há 3 dias
Fora do mercado brasileiro de cardiologia desde 2015, a Bristol Myers Squibb (BMS) acaba de fazer sua reestreia nessa área terapêutica no país. Com o lançamento de um medicamento inovador para tratar adultos com cardiomiopatia hipertrófica (CMH) obstrutiva, o Camzyos, a multinacional se posiciona para disputar um mercado que movimentou cerca de R$ 11,6 bilhões em 12 meses até maio, segundo dados da IQVIA, que audita o varejo farmacêutico.
De acordo com a BMS, o Camzyos é o único medicamento disponível para tratamento da patologia — os demais produtos no mercado combatem apenas seus sintomas —, atuando como inibidor de miosina cardíaca. Dessa forma, age para melhorar a capacidade funcional e os sintomas, que incluem dor no peito, falta de ar e desmaio, entre outros.
A CMH é a doença cardíaca hereditária mais comum, mas, segundo dados citados pela farmacêutica, entre 85% e 94% das pessoas “provavelmente não são diagnosticadas”. No país, acomete cerca de uma em cada 500 pessoas, e se estima que 500 mil adultos sofram da doença.
Embora não comercializasse produtos de cardiologia no país há alguns anos, a BMS tem tradição nessa área, com medicamentos como Capoten, Plavix e Eliquis (que é vendido no mercado brasileiro pela Pfizer).
No primeiro trimestre, a receita global da farmacêutica com a venda do Camzyos alcançou US$ 29 milhões.
Fonte: Valor Econômico