Por Robson Rodrigues, Valor — São Paulo
03/01/2024 12h23 Atualizado há 21 horas
Durante o ano de 2023, o Brasil instalou 291 usinas, com 10,3 gigawatts (GW) de capacidade instalada, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Foi o maior crescimento anual da série histórica da agência reguladora, iniciada em 1997.
Com isso, o Brasil somou 199,3 GW de potência fiscalizada. Desse total em operação, 83,67% das usinas são consideradas renováveis. Quase 90% da expansão em 2023 foram puxados pela geração eólica e solar, que, juntas, somam 8,9 GW de potência.
Os parques eólicos foram responsáveis por 47,65% da expansão da matriz energética, com 140 unidades operacionais totalizando 4,9 GW. As usinas solares responderam 4,07 GW, seguidas de 33 usinas termelétricas (1.214,9 MW), 11 pequenas centrais hidrelétricas (158 MW) e três centrais geradoras hidrelétricas (11,4 MW).
Essas instalações foram concluídas em 19 estados distribuídos pelas cinco regiões do Brasil, com destaque para a expansão acima de 2 GW nos estados da Bahia (2.614 MW), Rio Grande do Norte (2.278,5 MW) e Minas Gerais (2.025,7 MW). Só no mês de dezembro, a Aneel registrou a entrada em operação comercial de 51 unidades geradoras, que acrescentaram 1,9 gigawatt (GW) à capacidade instalada no país.
Abundância de sol e vento
Em entrevista ao Valor no dia 27 de dezembro, o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, alertou que essa grande oferta de energia renovável se tornou um desafio para o Brasil encontrar mecanismos para absorver a grande oferta prevista para a próxima década.
O boom de projetos de fontes renováveis no Brasil se deve à abundância de sol e vento, além da redução de custos nos equipamentos globais. Junto a isso, o excesso de subsídios, cujo custo é repassado para a conta de luz, impulsionou o setor em uma “corrida ao ouro”, de empresas para implantar novos projetos no Brasil.
Fonte: Valor Econômico
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