O Federal Reserve (Fed, banco central americano) provavelmente manterá as taxas inalteradas na faixa de 5,25% a 5,50% na reunião de quarta-feira (1º), contudo, deverá realizar mais um aumento em dezembro, dada a contínua resiliência econômica dos Estados Unidos, avaliam os economistas do Bank of America (BofA).
Na coletiva de imprensa que segue a decisão, o presidente da autarquia, Jerome Powell, deve reiterar que o Fed está “procedendo com cautela”, avalia o BofA.
Segundo os profissionais do banco, Powell provavelmente também será questionado por qual motivo as taxas ainda estão restritivas, apesar do crescimento real do PIB de 4,9% e do forte “payroll” (relatório oficial de emprego) de setembro.
“Pensamos que Powell repetirá o seu argumento de que poderão ser justificados mais aumentos se existirem ‘evidências adicionais’ de crescimento acima da tendência ou de um mercado de trabalho mais restritivo”, diz o relatório do BofA acrescentando: “ainda esperamos mais uma alta em dezembro”.
Na avaliação do Bank of America, o aumento recente nos juros dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) se deve, em grande parte, a um melhor crescimento e a uma redução das perspectivas de cortes futuros pelo Fed, “embora um desequilíbrio agudo entre oferta e procura tenha apoiado a medida”.
O BofA discorda da justificativa do Fed para o aumento das taxas e prevê uma inclinação na curva de juros após a decisão de amanhã. “É provável que a curva de taxas se incline após o comunicado do Fomc de novembro com os pontos de equilíbrio da inflação mais amplos”, diz o banco.
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Símbolo do Federal Reserve, o BC dos Estados Unidos — Foto: Divulgação / Federal Reserve
Fonte: Valor Econômico

