Até o fim do ano, empresa deverá aportar R$ 56,2 milhões na unidade de Paulínia (SP)
Por José Florentino — De São Paulo
14/10/2022 05h02 Atualizado há uma hora
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2022/Z/c/oDGQ32T0a0dLTw1pnCKg/foto14agr-301-boher-b10.jpg)
Xavier Andivia, que comanda a divisão de Saúde Animal da Boehringer no Brasil — Foto: Divulgação
A divisão de Saúde Animal da Boehringer Ingelheim no Brasil vem crescendo acima da média do mercado nacional, e para não perder tração a companhia deverá investir até o fim do ano R$ 56,2 milhões em sua fábrica localizada em Paulínia (SP). Nos últimos dois anos, a planta já recebeu aportes de R$ 92,2 milhões.
“Queremos assegurar o fornecimento dos nossos produtos, preservar a nossa cadeia de valor e evitar emergências e custos não planejados”, afirmou ao Valor o espanhol Xavier Andivia, que assumiu o comando da divisão em julho.
De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), o segmento cresceu 21,9% no primeiro trimestre e 7,6% no segundo trimestre em relação a iguais períodos de 2021. A Boehringer Ingelheim avançou 34% e 11,2% nas mesmas comparações. A empresa não informa sua receita no Brasil.
“Apesar da guerra [na Ucrânia, que aumentou custos de produção] e da inflação no mundo e no Brasil, a produção animal está sendo muito forte. Não estamos isentos dos impactos, mas nosso time tem conseguido trazer grandes resultados em todos os segmentos”, disse o executivo.
Exportações
A fábrica de Paulínia é importante para a estratégia da Boehringer porque, além de abastecer o mercado brasileiro, também produz medicamentos que são exportados para 70 países – principalmente antiparasitários para animais de estimação e bovinos.
“Para incrementarmos a produção e sermos mais eficientes, não vamos parar de investir. Temos planos de aportes de longo prazo, que envolvem investimentos em pessoas e tecnologia. A demanda pelos produtos de Paulínia cresce no mundo todo”, diz.
A ressaca da demanda chinesa por carne suína importada e um possível momento de baixa de preços na bovinocultura de corte, em função do ciclo pecuário, estão no radar de Andivia. Mas, segundo ele, a expectativa é que a empresa continue com taxas de crescimento anual de dois dígitos no Brasil.
Fonte: Valor Econômico