Os preços do petróleo tiveram seu pior ano desde a pandemia, e Wall Street acredita que o movimento de venda ainda não terminou.
Os contratos futuros de Brent — negociados perto de US$ 62 por barril — devem recuar ainda mais em 2026, para cerca de US$ 59, de acordo com a média das projeções de Bank of America Corp., Citigroup Inc., Goldman Sachs Group Inc., JPMorgan Chase & Co. e Morgan Stanley. A referência internacional acumula queda de 17% neste ano.
Os mercados globais de petróleo enfrentarão um superávit de aproximadamente 2,2 milhões de barris por dia no próximo ano, segundo a média dos cinco bancos, à medida que a produção ao redor do mundo supera o crescimento da demanda.
Os superávits projetados pelos bancos são menores do que os estimados pela Agência Internacional de Energia (IEA), o órgão com sede em Paris que assessora as principais economias. A IEA prevê um excedente recorde de 4 milhões de barris por dia, embora também acredite que ajustes por parte dos produtores de petróleo provavelmente atenuarão esse volume.

O Goldman Sachs tem a visão mais pessimista do grupo, com uma média anual de US$ 56 por barril, enquanto o Citigroup tem a projeção mais otimista, em US$ 62. Isso representa uma reversão das posições que os dois bancos frequentemente adotaram no passado.
O Goldman vê projetos de petróleo que foram adiados durante a Covid entrarem em operação, trazendo nova oferta ao mercado. Já o Citigroup acredita que a continuidade da formação de estoques pela China impedirá que o excesso de oferta tenha um impacto ainda maior sobre os preços.
O JPMorgan prevê que o excedente será menor do que parece “no papel”, já que a aliança OPEP+, liderada pela Arábia Saudita — que ajudou a fomentar a superoferta — provavelmente mudará de direção e cortará a produção em meados do próximo ano.
O Bank of America, por sua vez, parte do pressuposto de que a OPEP+ retomará a elevação da produção, após uma pausa programada durante o primeiro trimestre.
Fonte: Bloomberg
Traduzido via ChatGPT
