A Biomm S/A, que teve a sua fábrica de insulina inaugurada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 26 de abril, já deu início à produção dos primeiros lotes comerciais. Através de sua Assessoria de Imprensa, o laboratório, localizado em Nova Lima (MG), diz que seu produto, o Glargilin é um biossimilar da insulina glargina usado para tratamento de diabetes tipos 1 e 2.
“É aplicado apenas uma vez ao dia e tem duração de até 24 horas, favorecendo um estilo de vida mais flexível aos pacientes, que não precisam ter as refeições diárias em horários pré-estabelecidos, seguindo uma rotina rígida. A medicação também é eficaz na redução dos quadros de hipoglicemia”, informou em nota enviada ao Vitória News.
100% do mercado
Diante da quantidade de 16,8 milhões de diabéticos no Brasil que necessitam do uso regular da insulina, segundo dados do Ministério da Saúde, a Biomm tranquiliza os pacientes brasileiros. De acordo com a nota enviada, a empresa garante que “tem capacidade para produzir 20 milhões de carpules para uso em canetas descartáveis e reutilizáveis.”
De acordo com a nota enviada pela Biomm, a sua produção é “suficiente para atender 100% da demanda de insulina glargina no país e abre a perspectiva de ampliação do acesso ao tratamento seguro e eficaz de pessoas com diabetes no Brasil.” Além disso, acrescente que tem, adicionalmente, capacidade de produção de mais 20 milhões de frascos na apresentação de 10mL para outras insulinas.
A garantia dada pela Biomm tranquiliza aos diabéticos, cujo fornecedor, o laboratório dinamarquês Novo Nordisk, interrompeu o fornecimento alegando “desafios globais na cadeia de suprimentos de medicamentos, que afeta diretamente o abastecimento de insulinas em todo o mundo”. Desde o início deste mês já falta insulina Novolin R (insulina regular) e Novolin N (insulina NPH, de ação prolongada), nas redes Farmácia Popular e nas comerciais.
Comercialização
Em relação ao questionamento feito pelo Vitória News, sobre o que está acontecendo no mercado mundial de insulina humana, ao ponto de sua comercialização no Brasil ter sido interrompida pelo Laboratório Novo Nordisk, através da sua nota, a Biomm deu a seguinte explicação:
“Há diversos fatores que podem impactar o abastecimento de insulina no país, como escassez de insumos e priorização de mercados para o fornecimento do produto. A produção nacional de insulina contribui, portanto, para a ampliação do acesso da população ao tratamento adequado e garante a segurança do fornecimento.